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Eólica ajuda imagem do país na COP-15

FSP, Mercado Aberto, Dinheiro, p. B10
19 de Dez de 2009

Eólica ajuda imagem do país na COP-15

Um setor brasileiro que estava se sentindo bem na foto na 15ª Conferência do Clima das Nações Unidas foi o de energia eólica, "coqueluche" na geração de energia e a que mais cresce em todo o mundo. O Brasil é um dos maiores potenciais eólicos do planeta.
Com o leilão de eólicas, considerado positivo, ocorrido no início da semana, quando começou a esquentar a COP-15, executivos já miram os próximos passos, os leilões de 2013 e 2015, que devem priorizar a hidrelétrica. Sem contar o mais ousado dos passos, Belo Monte.
As licenças ambientais para a obra ainda não saíram, mas o setor estava otimista. "Vai sair", disse Maurício Tomalsquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética.
Mais de 80% das emissões de gases de efeito estufa na Europa e nos EUA se devem à produção e ao uso da energia. No Brasil, menos de 20% das emissões têm essa origem.
O Brasil, por ter baixo consumo per capita de energia e uma matriz energética renovável, é um país com baixa emissão per capita de gases de efeito estufa.
Cada brasileiro é em média responsável por emissão cerca de dez vezes menor que cada americano e quatro vezes menor que cada europeu, considerando só o uso de energia, segundo Tomalsquim. O desmatamento é o maior problema do Brasil, que é o líder mundial na participação da geração de renováveis na matriz energética.
"A discussão forte que se faz na COP-15 ajuda na decisão brasileira de usar a eólica como a energia mais limpa, econômica, renovável e confiável para ser a parceira ideal da hidroelétrica e dar segurança ao sistema brasileiro", diz Lauro Fiuza Jr., da Abeeólica (associação de empresas de energia eólica).
Para Fiuza, o leilão foi uma demonstração enfática do interesse do governo em comprar energia eólica e dos investidores que venderam a R$ 148 por MWh (valor médio do leilão).
Segundo Augusto Rodrigues, diretor da CPFL, "a produção tem de ser alta para aguentar esse preço de R$ 150". A empresa decidiu entrar em energia verde há dois anos, se deu bem no leilão e está interessada em aumentar ainda mais sua participação em eólicas.
Fontes do setor em Copenhague comentavam a entrada de novos players no mercado e ausência de grandes que ganharam no leilão.

FSP, 19/12/2009, Mercado Aberto, Dinheiro, p. B10

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