Site da Funai
28 de Out de 2003
"As autoridades agora sabem que no Nordeste também tem índio". Com essa expressão Graciliana Wakanã, presidente do Comitê Inter-Tribal de Mulheres Indígenas em Alagoas - COIMI, definiu o resultado do 1o Encontro de Mulheres Indígenas do Nordeste, realizado no último final de semana em Maceió, onde foi elaborado um documento com as principais reivindicações dos povos indígenas da região, com ênfase à questão das mulheres.
O primeiro ponto o documento destaca e pede providências relativas à morte de lideres indígenas, apoio para saúde com a instalação de Centros de Atendimento de Mulheres com Casas Maternais, garantindo parto natural. Tais centros deverão ser construídos em locais estratégicos, possibilitando atendimento a um número maior de povos indígenas. "A Declaração Indígena de Alagoas", solicita ainda a realização de oficinas nas comunidades indígenas sobre drogas, violência e direitos humanos indígenas.
Houve ainda manifestação referente à Educação, solicitando concurso público diferenciado, para professores indígenas, na área econômica, pediram crédito específico para mulheres nas agências de fomento, para que a produção de artesanato se fortaleça e torne-se uma alternativa de sustentabilidade. "Os índios do nordeste agora vão ocupar o espaço que merecem, conseguimos mostrar que estamos vivos e mantendo nossa cultura, apesar dos 500 anos de contato", finaliza a presidente do COIME.
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