Encontro internacional debate desafios do presente e possibilidades de futuro em São Paulo

Encontro internacional debate desafios do presente e possibilidades de futuro em São Paulo

Christian Dunker, Norval Baitello Junior, Ricardo Nascimento Fabbrini, Paulo Sérgio Duarte, Rossana Rocha Reis, Bela Feldman-Bianco e Nurit Rachel Bensusan, do Brasil, Hartmut Rosa (Alemanha) e Giacomo D'Alisa (Itália), se reúnem no Centro de Pesquisa e F

Na era das incertezas, quais seriam as possibilidades de compreensão e transformação da realidade? O Centro de Pesquisa e Formação do Sesc realiza nos dias 15 e 16 de fevereiro o encontro internacional Pensar o futuro: as histórias que tecemos e as histórias que queremos. A ideia é promover uma discussão sobre questões fundamentais que contribuam para pensar e debater as instabilidades que se apresentam no presente e resgatar o sentido de futuro.
Questões como a desestruturação do sistema econômico; destruição do meio ambiente; diluição das utopias coletivas; difícil equilíbrio entre os direitos das minorias e a liberalidade da sociedade; as possibilidades do virtual e de outros campos de conhecimento como a biotecnologia, a cibernética, a inteligência artificial; desenvolvimento sustentável, entram na pauta das discussões. A pergunta é: diante deste quadro, até que ponto é possível vislumbrar um futuro a ser construído?
Meio ambiente, sustentabilidade, arte, utopias, migrações, entre outros temas, serão abordados em conferências, mesas de debates e grupos de trabalho, que têm como eixos conceituais as seguintes indagações:
Como vivermos juntos no século XXI? Para onde a aceleração da vida atual nos leva? Qual o futuro do homo economicus? Depois das vanguardas ainda restam utopias? Quais são os caminhos para a construção de uma ordem cosmopolita? Como pensar as questões ambientais integradas a produção da vida na contemporaneidade?
O evento será aberto no dia 15 de fevereiro pelo diretor regional do Sesc-SP, Danilo Santos de Miranda. Para a conferência de abertura foi convidado o psicanalista brasileiro Christian Ingo Lenz Dunker, que fala sobre o tema O Futuro Presente. Neste mesmo dia, o sociólogo alemão Hartmut Rosa fala, na primeira mesa, sobre Aceleração social, estabilização dinâmica e dessincronização da sociedade. Considerado parte da 4ª geração da Escola de Frankfurt e professor afiliado no Departamento de Sociologia da New School for Social Research em Nova York, Rosa é autor de várias publicações relacionadas à aceleração social, à ressonância e estruturas temporais da modernidade e à teoria política do comunitarismo.
O pesquisador brasileiro Norval Baitello Junior dá continuidade às discussões da primeira mesa com a palestra O futuro como refúgio. A segunda mesa do dia, intitulada A arte depois das vanguardas: utopia e heterotopia traz o filósofo Ricardo Nascimento Fabbrini. Fechando as discussões do dia, o crítico de arte e professor Paulo Sérgio Duarte aborda o tema Arte no mundo sem chão.
A cientista social Rossana Rocha Reis abre as discussões no dia 16 de janeiro com a palestra Cidadania Goblal?. A antropóloga Bela Feldman-Bianco apresenta a palestra Cidades imigrantes, cidades cosmopolitas: Reflexões sobre o futuro a partir da ótica das migrações.
O economista italiano Giacomo D'Alisa abre a quarta mesa de discussões falando sobre o tema Decrescimento: um aliado para projetos decoloniais. O professor José Roberto Kassai (FEA/USP) encerra as discussões da quarta mesa de debate com a palestra O futuro e a civilização que sonhamos.
Com o tema Uma máquina de fazer futuro, a conferência de encerramento traz a bióloga Nurit Rachel Bensusan. Coordenadora-adjunta do Programa de Política e Direito Socioambiental do Instituto Socioambiental (ISA), Bensusan fala sobre os avanços da tecnociência, seus possíveis desdobramentos e o debate sobre os processos de tomada de decisão da agenda de ciência e tecnologia.
Autor: Rita de Cassia Solimeo Marin
Fonte: O Nortão

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