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05 de Nov de 2010
Nos dias 9 e 10 de novembro acontece, na cidade de Registro, no Vale do Ribeira, no estado de São Paulo, o I Encontro da Rede Juçara, que tem apoio do Subprograma Projetos Demonstrativos (PDA) do Ministério do Meio Ambiente. O evento vai reunir técnicos, estudiosos, gestores públicos e produtores para discutir a cadeia produtiva da palmeira juçara (Euterpe edulis). Estarão em foco o mercado, a comercialização e o consumo dos produtos, legislação e políticas públicas, manejo e preservação da espécie e do bioma Mata Atlântica, além do processamento da polpa e sementes e a culinária envolvida.
O Encontro tem o objetivo de proporcionar trocas culturais e permitir que comunidades de diferentes regiões possam tirar experiências e apresentar seus produtos. Entre painéis e oficinas, serão tratados os seguintes temas: o repovoamento da palmeira juçara; Pagamento por Serviços Ambientais na Cadeia Produtiva da Juçara; a Identidade do Produto Juçara; e o Diagnóstico de Demandas dos Produtores para Desenvolvimento da Cadeia Produtiva, de modo a indicar as prioridades e nortear as ações em rede e programas e políticas públicas.
Juçara - É uma espécie nativa ameaçada de extinção pelo corte e exploração predatória para extração e comercialização de palmito. O estímulo para manejo dos frutos, ao invés do palmito, contribui para reduzir a pressão sobre a espécie e também na resolução de conflitos socioambientais. Da juçara é produzida uma polpa muito similar ao açaí da Amazônia. O uso sustentável da palmeira juçara, com foco prioritário na produção de polpa e de sementes, tem destaque em diversos projetos e instituições pelo potencial econômico e alimentar, facilidade de propagação e manejo e, sobretudo, importância ecológica, que conferem ao uso da espécie uma importância estratégica para a conservação do bioma, a geração de renda e inclusão social.
Rede Juçara - A Rede Juçara é uma articulação de organizações e produtores que trabalham com o uso sustentável da palmeira juçara nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Seu principal foco é o desenvolvimento das cadeias produtivas da polpa dos frutos e das sementes, aliadas à conservação da espécie, tendo como principais protagonistas agricultores familiares e comunidades tradicionais na Mata Atlântica.
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