Encontro discute questões inerentes ao Parque Nacional da Serra do Divisor

Dentro da área de 843.000 hectares vivem cerca de 700 famílias. Muitas aguardam há anos por uma indenização do Governo Federal que até hoje, não se concretizou. Por viverem dentro de uma área preservada, os moradores enfrentam dificuldade para desenvolverem atividades de agricultura de subsistência para manter o sustento da família, por isso, eles aguardam uma definição para deixar o parque.

"Existe na verdade um mito com relação a isso. O morador que deixar o parque não vai ficar sem indenização, vai receber sem problema nenhum", explica Paulo Oliveira, chefe do Parque.

Durante o encontro que aconteceu em um seminário da Igreja Católica de Cruzeiro do Sul, no Bairro Aeroporto Velho, técnicos da Embrapa apresentaram métodos de produção que podem ser praticados de forma rentável sem agredir o meio ambiente.

A preservação da imensa área de belezas naturais foi outro assunto que entrou na pauta da reunião. Segundo o chefe do parque, são realizados constantes monitoramentos em parceria com a Polícia Federal e estaduais com o objetivo de identificar invasões de madeireiros, caçadores e demais ilícitos como a biopirataria de produtos retirados da floresta.

O Parque Nacional da Serra do Divisor ocupa parte do território de cinco municípios, Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo. É considerado o local de maior biodiversidade da Amazônia. Várias espécies endêmicas vegetais e animais são encontradas devido à sua proximidade com o ecossistema andino, numa região de transição das terras baixas da Amazônia e as montanhas dos Andes.

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