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Embraer apresenta avião que será usado no Sivam

Rádiobrás-Brasília-DF
Autor: Murilo Ramos
19 de Dez de 2003

Depois de oito anos, entre planejamento e execução, a Embraer entregou ontem o primeiro avião ALX Supertucano, de 76 aeronaves, para a Força Aérea Brasileira. As máquinas serão utilizadas prioritariamente no Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam). Entre as principais metas estão: vigília e interceptação de aviões que estejam envolvidos em operações ilegais, tais como o tráfico de drogas na região Norte do país e guerrilhas. Mas pode, também, obter informações sobre o meio-ambiente.

Algumas características do ALX ajudam a entender como ele poderá colaborar na missão. O aparelho está apto a carregar cerca de 1,5 tonelada de armamentos, de variados tipos, utiliza câmera e vídeo digital para rastreamento, apresenta sistema computadorizado de navegação, o que diminui o trabalho dos pilotos, e encara ambientes diversificados, como de altas temperaturas, umidade e poeira: tanto de dia quanto à noite.

Foi construído, ainda, para treinamentos básicos e avançados, inclusive durante os vôos, o que deve gerar, segundo informações da Embraer, economia nos custos dos exercícios.

De acordo com o presidente da Embraer, Maurício Botelho, a aeronave vai permitir que o sistema de defesa nacional, com o uso do ALX, seja reforçado. "Foi o único avião preparado especificamente para atender uma demanda brasileira".

Supertucano fora do Brasil

No entanto, Maurício Botelho não descartou que possa fazer sucesso no exterior. Lembrou que na própria América do Sul, Oriente Médio e Ásia o aparelho pode agradar. Na Venezuela, inclusive, o governo local e a Embraer estão acertando financiamento para concretizar a venda de algumas unidades.

Botelho adiantou que a meta da empresa é concentrar a produção de aeronaves civis, tais como o Embraer 170 e 175, nas unidades da empresa em São José dos Campos e Botucatu, deixando a sucursal de Gavião Peixoto por conta da aviação militar.

Projeções

O presidente da Embraer disse, também, acreditar que o peso da receita obtida com aviões militares cresça paulatinamente, chegando a 2007 a aproximadamente 20%. Atualmente está na casa dos 12%.

Quanto às restrições do governo brasileiro a adquirir novas aeronaves da empresa brasileira, em função do orçamento, afirmou que o contingenciamento faz parte dos sobressaltos do ramo e que a Embraer está apta a lutar contra esse desafio. Acrescentou que tratando-se de aviação militar, não há como aumentar as exportações sem que haja um reconhecimento da força aérea brasileira. "Nós ganhamos respeito quando servimos à nossa defesa. Aliás, somos um braço tecnológico da FAB", destacou.

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