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Em Itaperuna, moradores 'caminham' por Rio Muriaé

O Globo, Rio, p. 20
19 de Out de 2015

Em Itaperuna, moradores 'caminham' por Rio Muriaé

A estiagem também assusta o Noroeste Fluminense. O nível do Rio Muriaé, afluente do Paraíba do Sul que atravessa a cidade de Itaperuna, está muito baixo. Há 37 anos morando na cidade, a enfermeira Eveluzia Azeredo diz que nunca viu situação tão dramática. Acostumada com as cheias que provocavam grandes enchentes no Centro da cidade, ela diz que hoje consegue caminhar onde corre o rio, completamente seco em alguns pontos. A estiagem atingiu ao ponto de ser possível chegar a pé até as ilhas dentro do Muriaé, antes só acessíveis por pontes.
- Neste período do ano sempre tem enchente na cidade, mas a água sumiu. Os peixes estão agonizando, sem oxigênio. Em toda a minha vida eu nunca vi nada igual. Meu pai tem 72 anos e também nunca tinha visto nada parecido - conta Eveluzia.
A estiagem já prejudica o abastecimento de água potável em 20% dos 92 municípios do estado. Em Angra dos Reis, na Costa Verde, a situação se agravou na semana passada. Na sexta-feira, a prefeitura proibiu a lavagem pública ou particular de carros, jardins, calçadas e quintais.
VOLUME MORTO
Os quatro reservatórios ao longo da bacia do Rio Paraíba do Sul - que abastecem 9,4 milhões de pessoas na Região Metropolitana do Rio - estão com 6,5% de sua capacidade média, volume menor do que o registrado no mesmo período do ano passado (de 10%), que foi considerado o pior da história. Em 2013, o nível chegava a 47%. Especialistas dizem que a chuva de ontem não foi suficiente para melhorar a situação das represas. De acordo com estudo realizado pela Firjan, o período úmido que começa agora em novembro não deve mudar significativamente esse panorama.

O Globo, 19/10/2015, Rio, p. 20

http://oglobo.globo.com/rio/falta-de-chuva-fecha-sede-do-parque-da-serr…

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