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Em Festival da Macaxeira, Poyanawas expõem culinária e cultura em aldeia no interior do Acre

G1 g1.globo.com
24 de Jul de 2017

Logo amanheceu e os índios já estavam preparados para mais um dia de festa. Aos poucos os indígenas foram chegando e começaram a brincadeira. De mãos dadas, eles imitavam movimentos de animais da floresta. A reportagem exibida no Bom Dia Amazônia desta segunda-feira (24) mostrou a abertura da primeira edição do Festival ATSA, que em português significa macaxeira.

O colorido das penas e adereços colaboravam ainda mais para a beleza das coreografias. O evento iniciou na quarta-feira (19) e se estendeu até domingo (23) com danças, brincadeiras e venda de comidas típicas na aldeia que fica em Mâncio Lima, interior do Acre.

O francês Jean François foi com toda família prestigiar o festival e gostou de tudo que viu. "O vestido, as pinturas tradicionais, o jeito como estão cantando, os passos da dança são perfeitos. É bem alinhado, tiro meu chapéu para dar parabéns", disse.

As festividades do povo Poyanawas iniciaram com uma exposição do que é produzido dentro da terra indígena. É possível encontrar artesanatos produzidos a partir de sementes que se perderiam na naturaleza. "Faço cordão, pulseira, faço tudo com a diversidade de semente, com pena", explica Wewakãe Poyanawa.

O local ficou aberto a visitantes e quem vai à aldeia, pode conhecer também um pouco da culinária indígena. Elivania Poyanawa falou um pouco do que rolou na culinária do festival. "Tem chá, caldo de mandim, peixe assado, macaxeira com amendoim, macaxeira com folha e mingau de banana" disse.

O cacique Joel Puyanawa diz que a festa é uma celebração à macaxeira, um produto que é a base da economia e sobrevivência do povo Poyanawa, que, durante o ano, chegam a produzir quase 500 toneladas de farinha.

"Os nossos ancestrais, quando foram capturados, a primeira atividade que eles começaram a fazer foi trabalhar plantando a macaxeira, enfim, fazendo tudo que a macaxeira oferece. Pensamos em alguma coisa que simbolizasse o passado, o presente e o futuro. Então, a gente achou por bem ver que a macaxeira é uma coisa desde o passado, presente e a gente vê como algo do futuro, que hoje a farinha pra nós é a maior subsistência do povo que vivemos hoje", destacou.

http://g1.globo.com/ac/cruzeiro-do-sul-regiao/noticia/em-festival-da-ma…

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