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Em dois anos, Alto Tietê perdeu 80 mil hectares de mata nativa

G1 - http://g1.globo.com/
13 de Mai de 2016

Levantamento é da Fundação SOS Mata Atlântica.
Região tem menos de 52 mil hectares de mata remanescente atualmente.

A Fundação SOS Mata Atlântica divulgou um estudo que revela o quanto o Alto Tietê vem sendo desmatado. Só entre 2012 e 2014 a perda de vegetação natural foi de 80 mil hectares. Um dos mais importantes remanescentes da Mata Atlântica, a Serra do Itapeti, vai ficando menor também, ano a ano.

Um dos principais rastros da modernidade é o desmatamento. Não é difícil perceber nos cenários das grandes cidades, onde o cinza prevalece. De acordo com um estudo divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica, o desmatamento nas cidades do Alto Tietê avançou muito nos últimos anos. Somente no período de 2012 a 2014, a região perdeu 80 mil hectares de vegetação natural, o equivalente a uma área de mais de 100 mil campos de futebol.

Para uma das representantes da fundação na região, se o desmatamento continuar nesse ritmo, os prejuízos para a população vão ser cada vez piores. "Se o ritmo aumentar em termo de desmatamento, teremos problemas de escassez de água, secas de várias nascentes e doenças e vetores", disse Nadja Soaresm membro da fundação e presidente da Biobrás.

Ainda segundo o levantamento, em 2012 o Alto Tietê tinha 252 mil hectares de Mata Atlântica. Hoje, restam menos de 52 mil. Em Mogi das Cruzes, uma das áreas que melhor representa o desmatamento é a Serra do Itapeti. Muitos condomínios estão localizados em áreas onde antes só existia mata.

"Quem é morador antigo de Mogi sabe que houve avanço. O pé da serra é todo habitado, tem grandes condomínios. A proposta agora é criar uma área de proteção permanente para que não mais ocorra este tipo de desmatamento na serra". E quem mora na cidade há quarenta anos, lembra com saudade das áreas de mata. "As pessoas cortam as árvores e não se preocupam em repor, não plantam nada", disse o aposentado João Alves dos Santos.

Para o gestor ambiental Eduardo Amadeu, o planejamento das cidades e fiscalização são algumas das soluções para um crescimento sem danos ao meio ambiente. "A grande preocupação é que estamos localizados no cinturão verde do Estado de São Paulo, e devemos pensar o que serão dos remanescentes no futuro? Haverá preservação? Se crescer de forma ordenada, Mogi só tende a ganhar".

http://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2016/05/em-dois-a…

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