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Educação sem fronteiras

Agência de Notícias/AC - www.agencia.ac.gov.br
Autor: Ernani Baracho e Pollyana Dourado
15 de Dez de 2010

Criado em agosto de 2009, o Programa Asas da Florestania Infantil tem feito algo inédito em termos de educação brasileira: é o único projeto que fornece o acesso à educação em comunidades de difícil acesso na casa dos alunos. Uma ação inovadora realizada pelo Governo do Estado, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação, Secretarias Municipais de Educação e Undime.

Como forma de avaliação e prestação de contas à sociedade, os coordenadores deste projeto realizaram nesta quarta-feira, 15, um encontro com todos os realizadores deste projeto para apresentar os resultados nos últimos anos. O evento foi realizado no anfiteatro Garibaldi Brasil, na Universidade Federal do Acre.

"Esta ação é uma forma de apresentar a sociedade um projeto de iniciativa exclusiva do nosso Estado, que demonstra mais uma vez a sua ousadia, através desta estratégia de locomoção e planejamento educacional para atender às crianças de 4 a 5 anos que moram em zonas rurais. Agora, o maior desafio é ampliar e fortalecer as políticas de acesso à educação", explica a coordenadora do Programa Asas da Florestania Infantil, Francisca das Chagas.

Em 2009, o Asinhas, nome intimamente chamado pelos professores do programa, atendeu 1500 alunos, e em 2010, esse número aumentou para 1700 crianças e 181 agentes educacionais, que são responsáveis por levar educação de casa em casa, em locais onde crianças não têm condições de ir até a escola. "Participar desta luta tem sido um desafio para mim, a experiência de educar crianças tem se tornado uma lição de vida, porque estou convivendo com pessoas que se sentem isoladas não só geograficamente, mas se sentem carentes de conhecimento e atenção", revela Madalena Angelus, que trabalha no Ramal Monte Alegre em Plácido de Castro como agente educacional, atendendo 10 crianças em domicílio.

Para o Diretor de Ensino da SEE, Josenir Calixto, uma das maiores ousadias desta ação tem sido a proposta pedagógica essencialmente elaborada para atender o público alvo de acordo com suas peculiaridades culturais. "Esta é uma política de atendimento que tem a cara e a cor da Amazônia. Levar educação aos locais mais longínquos tem sido uma tentativa de fazer do impossível o possível, transformando a realidade escolar de cada criança moradora de reservas extrativistas e assentamentos", declara.

As atividades durante o evento foram coordenadas pelo Instituto Abaporu - responsável pela elaboração dos materiais pedagógicos utilizados no Programa e pelos técnicos da Coordenação Rural da SEE, que apresentaram os desafios a serem vencidos por toda a equipe em 2011.
Conheça um pouco as políticas de acesso desenvolvidas pela SEE

- Asas da Florestania Infantil - Oferta de educação infantil, com proposta pedagógica especificamente contextualizada - sequências didáticas, e atendimento domiciliar realizado pelo agente educador.

- Escola Ativa - Proposta universalizada e realizada em parceria com o MEC, para classes multisseriadas (1 ao 5 ano), com material pedagógico específico e metodologia diferenciada.

- Asas da Florestania Fundamental - Oferta de Ensino Fundamental (6 ao 9 ano), com proposta pedagógica contextualizada, caracterizada pela unidocência e atividades complementares - projetos associados às necessidades de cada comunidade.

- Asas da Florestania Médio - Oferta de Ensino Médio, com material pedagógico específico e contextualizado - sequências didáticas, oferece qualificação profissional de acordo com a vocação produtiva de cada comunidade. - Subprojetos escolares - PROACRE - Descentralização de recursos para as unidades escolares estaduais e municipais localizadas nas Zonas de Atendimento Prioritários - ZAP's para aquisição de equipamentos, mobiliários e melhoria da estrutura física com serviços de manutenção, conservação e pequenos reparos.

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