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'Economist' elogia política brasileira para os Ticuna

BBC Brasil - www.bbc.co.uk/portuguese
21 de Nov de 2008

A revista The Economist elogiou a política brasileira para povos indígenas em reportagem sobre os Ticuna, em sua edição desta semana.

"O governo do Brasil decidiu sensatamente parar de tentar levar ordem e progresso para tais índios 'não contactados' e agora os deixa em paz (embora recentemente tenha anunciado a introdução de um avião com sensores térmicos que podem detectar organismos quentes para tentar saber sua localização)", diz a reportagem.

"A política (para povos indígenas) não é tão esclarecida em todos os lugares. No vizinho Paraguai, membros de tribos não contactadas ainda estão sendo expulsos da floresta."

A Economist explica que na região do Alto Solimões acredita-se que exista "a maior concentração de tribos que nunca tiveram contato com o mundo exterior. Em maio, um avião que passava fotografou homens com lanças, arcos e flechas preparados para lançá-las se os intrusos estivessem a seu alcance."

A reportagem da Economist visitou um povoado na região do Alto Solimões, onde foi inaugurado "um hospital tão bom quanto qualquer outro encontrado no Brasil (...) cortesia da ONG brasileira chamada Expedicionários da Saúde."

"Novo Paraíso fica em uma área de floresta que, depois de uma longa luta, foi reservada para o povo Ticuna. A maioria dos Ticunas vive no Brasil, mas há alguns na Colômbia e no Peru também" e, segundo a revista, "um dos pacientes (do hospital) aparentemente viajou oito dias vindo do Peru para conseguir uma operação".

"Os resultados da política de reservas na área do Alto Solimões são impressionantes", diz a reportagem. "Nos últimos dez anos, a população aumentou de 27 mil para cerca de 40 mil, de acordo com a Funasa (Fundação Nacional da Saúde, responsável pela promoção e proteção à saúde dos povos indígenas)."

"Tais reservas são um ponto alto em uma conturbada história de contato entre indígenas no Brasil e os que chegaram mais recentemente", diz a Economist, que descreve como os ticunas conseguiram manter seus costumes e sua língua nativa.

"Só um punhado de moradores (de Novo Paraíso) fala algum português (...) Todas as aulas nas escolas são em ticuna."

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