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Economia da água fica estável pelo 3o mês

OESP, Metrópole, p. A20
09 de Out de 2015

Economia da água fica estável pelo 3o mês
Redução do consumo ficou em 3,5 mil/l por segundo; 17% continuam gastando mais

Fabio Leite - O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - A redução do consumo de água feita pela população parece ter atingido o teto na região abastecida pelo Sistema Cantareira. Balanço do programa de bônus em abril, divulgado nesta sexta-feira, 8, pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), mostra que a economia ficou estável pelo terceiro mês consecutivo, em 3,5 mil litros por segundo, o maior índice já alcançado desde o lançamento do plano de descontos na conta.
Segundo dados da estatal, 83% dos clientes atendidos pelo Cantareira gastaram menos água em abril do que a média de consumo anterior à crise hídrica, declarada em janeiro de 2014. Isso significa que 17% ainda continuam gastando mais água hoje, mesmo índice registrado em março. Desses, 10% receberam multa de até 50% na conta porque consumiram mais de 10 mil litros por mês.
"Parece ser o limite, mas a redução de consumo lá é muito representativa, considerando que hoje o Cantareira não é mais o maior sistema de produção de água da região metropolitana. Hoje é o Guarapiranga", afirmou Samanta Souza, gerente de relacionamento com clientes da Sabesp. Em março de 2014, primeiro mês do bônus no Cantareira, a economia foi de 1,1 mil litros por segundo.
Os números indicam que, para reduzir ainda mais a retirada de água do Cantareira durante os meses de inverno, como pretende a Sabesp, será preciso intensificar outras ações, como a transferência de água de outros sistemas e o racionamento por meio da redução da pressão e do fechamento de válvulas nas ruas. Projeta-se diminuir a captação dos atuais 13 mil litros por segundo para até 9 mil l/s. Antes da crise, a vazão produzida chegava a 32 mil l/s.
Nível do manancial. Nesta sexta, o nível do Sistema Cantareira caiu 0,1 ponto porcentual, chegando a 19,6% da capacidade, incluindo as duas cotas do volume morto. Considerando a reserva profunda do manancial, o índice era de -9,7% da capacidade.
Em toda a Grande São Paulo, que é abastecida por outros cinco mananciais além do Cantareira, a economia média de água chegou a 6,2 mil litros por segundo, de acordo com a Sabesp, volume suficiente para abastecer cerca de 1,9 milhão de pessoas. O índice é ligeiramente maior do que o registrado em março: 6,1 mil l/s.
Outra comparação. De acordo com informações da companhia, 82% dos clientes na região metropolitana reduziram o consumo em relação ao período anterior à crise.
Dos 18% que aumentaram o consumo, 11% sofreram sobretaxa na conta. Segundo a Sabesp, o programa de bônus deve vigorar até a normalização dos níveis dos reservatórios que abastecem a região.

OESP, 09/05/2015, Metrópole, p. A20

http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,economia-da-agua-fica-es…

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