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Economia ainda voltada à subsistência

Jornal do Tocantins-Palmas-TO
Autor: Graziela Delalibera
19 de Abr de 2002

As atividades econômicas dos sete povos indígenas tocantinenses são, em sua maioria, voltadas à subsistência, feitas com recursos naturais. A agricultura é praticada nas aldeias como meio de produção de itens básicos da alimentação indígena, como arroz, mandioca e milho. A pesca é mais presente nas aldeias da Ilha do Bananal, onde o excedente do pescado é vendido durante o período em que a pesca é liberada. Já o artesanato, tradicionalmente utilizado como adorno nos corpos, passou a ser vendido nas cidades como alternativa de renda.

Segundo informação do administrador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Gurupi, Gilson Garcia Nunes, como parte do Projeto de Compensação Ambiental, vários subprojetos vêm sendo desenvolvidos, como o de recuparação do artesanato junto aos povos Xerente, inclusive com a perspectiva de criação de um entreposto para a venda da arte produzida por eles. Os Xerente são um dos povos que tiveram a pesca e a agricultura mais prejudicadas, devido ao considerável número de projetos econômicos em andamento próximos ao seu território. Nunes explica que outro subprojeto está sendo implantado junto aos Xerente, na área da agricultura, com lavouras mecanizadas e diversificadas.

Aproveitando a vocação indígena para a coleta, a organização não-governamental Instituto Ecológica está incentivando uma alternativa de renda, a apicultura. O projeto é realizado em duas aldeias na Ilha do Bananal (Boto Velho e São João), com criação de abelhas e extração do mel. Nas duas aldeias, a primeira safra já aconteceu, no fim do ano passado e o projeto continua em andamento. As aldeias da Ilha do Bananal também encontraram outra forma de geração de renda, por meio do aluguel de pastagens.

Proarte
Todas as etnias do Estado têm recebido o apoio do Programa de Desenvolvimento do Artesanato (Proarte), da Fundação Cultural do Estado, na produção da arte indígena. O programa fomenta a produção com análise da qualidade, acabamento e da tendência de mercado e também fornece apoio logístico para a coleta de matéria-prima. Além disso, o Proarte tem feito o trabalho de resgate da arte tradicional e fomentado a comercialização, viabilizando a participação dos produtos em Feiras, distribuição para lojas e participação em exposições e mostras de artesanato. Hoje, as peças também têm um local fixo de comercialização na Capital, junto ao Palacinho.

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