Instituto Estadual de Florestas do Amapá - http://www.ief.ap.gov.br
18 de Set de 2014
Com a duração de um ano, o projeto do Instituto Estadual de Florestas (IEF) elaborado para calcular a estimativa de biomassa (recurso renovável que provêm de matéria orgânica) e estoque de carbono na Reserva Extrativista do Rio Cajari, no sul do Amapá, foi aprovado pelo Fundo Especial de Recursos para Meio Ambiente(FERMA). O fundo é gerido pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente (COEMA), ligado à Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA). O valor do projeto é de R$ 46.311,50 e abrange os municípios de Laranjal do Jari, Mazagão e Vitória do Jari.
O projeto intitulado " Estimativa de Biomassa e Estoque de Carbono em Castanheiras na Resex Cajari", é um aditivo do Projeto Carbono Cajari, executado pelo IEF na região com a parceria da Petrobrás.
Serviços Ambientais
Frente aos grandes desafios de conciliar desenvolvimento e conservação, uma possível alternativa para agregar mais valor às castanheiras, espécies que apresentam elevados estoques de biomassa e tempos de retenção do carbono estocado, seria quantificar o estoque de carbono nelas contido. É nessa quantificação que o projeto aprovado irá focar.
A quantificação desse material será realizada através da pesagem das árvores caídas e de cálculos específicos.
O trabalho é inédito, de grande relevância para a Amazônia. Com esses dados será possível valorar ainda mais o potencial econômico da floresta e também reconhecer o serviço ambiental prestado pelas comunidades extrativistas da Resex Cajari que protegem as castanheiras para a coleta da castanha, propiciando sustentabilidade social, econômica e ambiental.
Com a efetivação das políticas de compensação, as comunidades da RESEX Cajari e o Estado do Amapá, terão subsídios técnicos para, futuramente, acessarem a comercialização dos créditos de carbono. A negociação dos créditos de carbono é uma maneira de alguns país reduzirem numericamente as emissões dos gases que causam o efeito estufa.
Carbono Cajari
O Projeto Carbono Cajari, executado pelo IEF, ampliou a conscientização ambiental dos moradores, através de um programa de Educação Ambiental participativo e integrador. Respeitando o modo de vida das comunidades e sua relação com a floresta onde vive.
Foram etapas do Carbono Cajari: 1- Mapeamento dos Castanhais para quantificação da produção e do potencial de emissões evitadas; 2 - Fixação de carbono através da expansão da população de castanheiras nas áreas de roçado; 3 - Melhoria da infra-estrutura e processos de coleta, armazenamento, beneficiamento e transporte da produção; 4 - Capacitação ambiental, produtiva e gerencial e 5 - Capacitação e treinamento gerencial administrativo financeiro.
Outras parcerias
O IEF, ao longo do seu trabalho de execução da política florestal do Estado, já firmou diversas parcerias, obtendo recursos e parceiros para suas frentes de trabalho.
Ana Euler, Diretora - presidente do IEF, explica que ao todo, são mais de 23 milhões de reais de recursos recebidos nos últimos anos: "Esses investimentos são oriundos de fundos internacionais e demais investidores, aplicados em pesquisa, e fortalecimento da agricultura familiar e das macro-políticas de desenvolvimento do Estado".
O projeto de "Estimativa de Biomassa e Estoque de Carbono em Castanheiras na Resex Cajari" foi aprovado pelo Coema na última semana e aguarda tramitação legal dos prazos para início das atividades.
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