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Duelo e morte na aldeia indígena Wassu Cocal

Gazeta de Alagoas-Maceió-AL
03 de Mar de 2004

Um duelo na aldeia indígena Wassu Cocal, em Joaquim Gomes, município distante 72 quilômetros de Maceió, terminou com a morte do trabalhador rural Antônio João da Silva, conhecido como "Castanha". Ele foi acusado de assédio sexual e punido com a própria vida pelo índio Amaro José da Silva, o "Capuá", que se apresentou ao delegado Antônio Rosalvo Cardoso, prestou depoimento e foi colocado em liberdade.
Segundo o delegado, o problema começou no último sábado, quando "Castanha" tentou agarrar uma índia da aldeia, que é mulher de "Capuá". "O índio procurou Antônio para se entender com ele. Foi então que ocorreu a primeira discussão, contornada por outros nativos da aldeia", informou o delegado.
Na manhã de segunda-feira, "Castanha" foi à casa do índio "Capuá", armado com um "faim", uma espécie de estrovenga que corta dos dois lados, com o propósito de matá-lo. O índio foi ferido nas costas e correu para dentro de casa, sua mulher tentou intervir e também foi ferida, segundo relato do delegado.
A interferência da mulher deu tempo para Amaro José da Silva apanhar seu "faim" e enfrentar o rival. "O duelo durou cerca de duas horas e ao final, "Castanha" estava morto, ferido com um corte no pescoço", declarou Cardoso.
Apresentação
Antes de o crime chegar ao conhecimento da polícia, "Capuá" apresentou-se espontaneamente na delegacia, confessando e revelando as causas do homicídio. "Tomei por termo suas declarações e determinei a abertura do inquérito. Como manda a lei, coloquei o acusado em liberdade", completou o delegado. O depoimento de outros índios confirma que "Castanha" costumava assediar mulheres da aldeia Wassu Cocal.

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