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Dragas voltam a operar ilegalmente no rio Madeira, em Rondônia

O Estadão do Norte-Porto Velho-RO
28 de Jun de 2002

Pescadores da Colônia Pesqueira estão denunciando que as dragas voltaram a operar clandestinamente na Área de Proteção Ambiental (APA) do rio Madeira, próximo ao bairro Cai N´Água, trecho de que vai para a cachoeira de Santo Antônio. No ano passado, o garimpo ilegal foi desarticulado pela Delegacia Fluvial da Marinha de Porto Velho que, na ocasião, apreendeu dragas, motores e outros equipamentos usados na garimpagem.

Os pescadores disseram que já denunciaram o caso à Delegacia Fluvial, mas até agora nada foi feito, apesar da base da Marinha estar localizada há menos de um quilômetro do local. Os pescadores mostraram-se temerosos, pois a presença do maquinário do garimpo espanta os cardumes de peixes daquela região, acarretando inúmeros prejuízos à pesca, única atividade econômica de várias famílias que residem na região do bairro Triângulo. A presença das máquinas gera também perigo à navegação, pois causam o assoreamento do rio, criando bancos de areia.

A presença do garimpo no rio Madeira traz ainda o perigo da emissão de mercúrio, um dos metais mais poluentes que existe em meio aqüífero, responsável pela mortalidade de milhares de peixes, inclusive as espécies nobres que encontram-se em extinção. A cada ano, segundo os próprios pescadores, a produção pesqueira vem diminuindo cada vez mais, obrigando o Estado a importar o produto do Acre e Amazonas, encarecendo o preço do produto.

A presença de um garimpo clandestino no mesmo local, no ano passado, acabou alterando a rotina dos moradores da região do bairro Triângulo. A dragagem do leito do rio acabou criando um enorme banco de areia, ou na linguagem de praia um "espirro de praia".

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