OESP, Fórum dos Leitores, p. A3
Autor: GUGGENHEIM, Frank
02 de Set de 2004
'Dossiê Estado'
Com relação à reportagem Na selva dos ongueiros (29/8, H4), o Greenpeace esclarece: somos uma organização não-governamental sem fins lucrativos cuja atuação se baseia em alguns princípios básicos, entre eles o de não solicitar e tampouco aceitar contribuição financeira de governos ou empresas. Ao sermos citados como uma das ONGs que recebem ou receberam dinheiro público, fomos atingidos num dos nossos principais valores, que é o de não aceitar doação de governos. O que mais nos causou estranheza é que nem sequer fomos procurados pelo repórter Marcelo Onaga, que assinou a matéria. Nossas contas são auditadas por empresa de auditoria independente e estão disponíveis em nosso site (http://www.greenpeace.org.br/quemsomos/relatorios/2002.pdf) para consulta de qualquer pessoa. Para garantir a independência de nossa luta pela preservação da natureza nossa única fonte de recursos são as doações voluntárias de pessoas físicas e, em pequena escala, a venda de produtos com a marca da entidade. Também não estabelecemos alianças com partidos nem assumimos posições político-partidárias. Apoiamos políticas públicas que estejam relacionadas com a proteção do meio ambiente e a manutenção da paz.
O apoio dos sócios é essencial à continuidade de nosso trabalho, pois não se trata apenas de suporte financeiro: a base de filiados do Greenpeace dá legitimidade ao nosso trabalho, que passa a ter o apoio de parcela cada vez mais significativa da sociedade. O valor arrecadado com a doação voluntária de sócios é gasto com nossas campanhas de preservação, que envolvem pesquisa, documentação e denúncia de problemas ambientais no Brasil e no mundo, buscando a alteração de políticas empresariais e governamentais que aumentem a degradação do meio ambiente. Nossa missão é pôr fim à destruição do meio ambiente, garantindo a sustentabilidade da vida com toda sua diversidade.
Frank Guggenheim, diretor-executivo, São Paulo
O repórter Marcelo Onaga responde: O Greenpeace tem razão. Apesar de ex-membros do grupo fazerem parte do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama e de a entidade manter parcerias com o governo, o Greenpeace não recebe repasses de dinheiro público.
OESP, 02/09/2004, Fórum dos Leitores, p. A3
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