VOLTAR

Doenças sexualmente transmissíveis voltam a atacar índios da região do Iaco

A Tribuna - Rio Branco - AC
21 de Fev de 2001

Os administradores da Funasa e a da Funai no Acre estão preocupados com o aumento do índice de doenças sexualmente transmissíveis que atinge os índios da tribo Jaminawa, e de outras aldeias na região do laco. Segundo o chefe da Funai no Acre, Sabbá
Manchineri, muitos índios estão doentes. Machineri disse que os primeiros casos das doenças sexualmente transmissíveis foram detectados no mês de janeiro, e que ao todo são 12 índios. Oito deles pertencem à tribo Jaminawa.

"A comprovação deixa as autoridades responsáveis pela saúde indígena preocupadas", disse Sabbá Machineri, após receber o último relatório sobre a situação. Segundo Machineri, em anos anteriores 40% das cem aldeias sob a jurisdição da Funai apresentaram casos de doenças sexualmente transmissíveis. Salientou que os índios infectados já começaram a serem tratados pela Funasa.

A Funai atribui em parte a presença da doença, a infiltração dos brancos nas aldeias aliadas ao consumo de bebidas alcoólicas entre índios e brancos, o que faz com que
os primeiros contraiam as doenças, principalmente a gonorréia, e as propaguem nas comunidades. Machineri disse que como medida de prevenção, a saída é evitar o acesso dos brancos junto aos índios.

O chefe da Funai disse ainda que a situação tende a se agravar, pois notícias divulgadas a nível nacional, na semana passada, dando conta de que 40 índios que habitam as aldeias da região Amazônica, especificamente os Estados do Amapá, Roraima e Amazonas, teriam contraído Aids, fez com as autoridades do Acre intensificassem as ações preventivas. " A situação é vista por muitos 'como subproduto da ocupação desordenada na região". Acrescentou o chefe interino da Fundação Nacional, de que nenhum caso de Aids nas comunidades indígenas foi notificado. "Por isso mesmo, as ações preventivas serão intensificadas", concluiu Machineri.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.