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Documentarista indígena de MS participa de documentário

Correio do Estado- http://www.correiodoestado.com.br
28 de Set de 2016

Uma palavra de origem caiapó e cujo significado é "sabedoria", "transmissão de conhecimentos", foi escolhida para batizar o encontro promovido pelo Itaú Cultural, em São Paulo, entre hoje e sexta-feira. "Mekukradjá - Círculo de Saberes de Escritores e Realizadores Indígenas" prevê o encontro de artistas representando 11 etnias, de 11 estados brasileiros. Um deles é Alberto Alvares, indígena da etnia Guarani Nhandeva, nascido na aldeia Porto Lindo, em Mato Grosso do Sul.

"Sou pesquisador e cineasta indígena. Atualmente, moro no Rio de Janeiro, onde desenvolvo trabalhos como pesquisador e sou professor da língua guarani na Universidade Federal Fluminense (UFF)", explica Alberto. O currículo do cineasta é extenso. Ele vem atuando não apenas na produção audiovisual, mas também em áreas como a educação e a luta pelos direitos indígenas. "Sempre acompanho quando posso o movimento Guarani de MS, divulgando nas redes sociais a luta do meu povo", pontua.

"Os Verdadeiros Líderes Espirituais", de 2014, e "A Origem da Alma", de 2015, são trabalhos que se destacam em sua trajetória. O primeiro foi disponibilizado na íntegra e pode ser visualizado no YouTube. Apesar do fortalecimento do audiovisual junto dos povos indígenas, Alberto afirma que ainda há muitos desafios a serem superados. "Não temos suporte para a realização dos nossos projetos, precisaríamos ter um edital próprio para realizações de registro e documentário do nosso povo. Este é o maior desafio", pontua.

Ele integra o Observatório da Educação Escolar Indígena (Oeei) da UFMG, em parceria com a UERJ, desde 2010. Morador de Maricá, no Rio de Janeiro, Alberto também está iniciando uma nova aldeia na região. "Meu maior projeto é continuar alcançando muito mais a sociedade por meio da imagem viva, contada pela lente do olhar, o audiovisual, levando a vida Guarani para o cinema e para o mundo", ressalta.

Alberto é um dos representantes indígenas que participam do encontro, que contará ainda com os realizadores Cristina Flória, Isael e Sueli Maxakali, Alberto Alvares, Divino Tserewahú e Patrícia Ferreira Mbya. Além deles, haverá a participação de outros cineastas não indígenas nas mesas, como Andrea Tonacci e Junia Torres.

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