VOLTAR

Do Pará ao Mato Grosso, conheça 9 tradições dos indígenas kayapó

Portal Amazônia- http://portalamazonia.com
15 de Jun de 2016

Os indígenas Kayapó vivem em terras localizadas do Sul do estado do Pará, ao Norte do estado do Mato Grosso. Os Kaiapós são conhecidos pela luta em manter a cultura e os territórios, além de serem reconhecidos mundialmente por líderes fortes, como o Raoni Metuktire. O Portal Amazônia destacou algumas tradições desse povo.

Organização da Tribo

As aldeias kayapó tradicionais são compostas por casas construídas em torno de uma grande praça descampada. No meio da aldeia está localizada a casa dos homens, onde as associações políticas masculinas se reúnem cotidianamente. O centro é um lugar simbólico, origem e coração da organização social e ritual dos Kayapó.

Homens

Os homens da tribo Kaiapó precisam ser bons caçadores e pescadores. Um homem Kayapó não pode retornar para casa sem trazer algo na mão, mesmo que seja ervas medicinais ou fibras. Eles passam boa parte dos dias na floresta para caçar e pescar. Geralmente, os homens caçam sós e o período começa no alvorecer. Os homens não se sentem obrigados a realizar deveres domésticos na aldeia.

Mulheres

As mulheres geralmente trabalham na roça, na coleta de frutos ou lenha. O restante do tempo é passado no interior ou nos entornos da casa, onde elas fiam, ocupam-se das crianças, preparam a comida ou simplesmente ficam com os membros da família. As mulheres são responsáveis pela manutenção dos laços sociais.

Relações

Os Kayapó são monogâmicos. Ao se casar, o homem sai de casa para habitar a casa da esposa. As mulheres, entretanto, nunca deixam a residência da mãe. Teoricamente, uma casa abriga várias famílias. Quando o número de moradores torna-se muito alto se constrói novas casas próxima a primeira.

Pesca e o Timbó

Os Kayapó pescam mais no início da estação seca quando o nível da água é baixo e os peixes são capturados em grande quantidade. Para pescar, os índios utilizam os cipós timbó colocados próximo a água e batidos com pequenos tacapes. O suco eliminado do timbó diminui a taxa de oxigênio da água assim, os peixes passam a boiar e são coletados pelos indígenas.

Cerimônias

Uma cerimônia Kayapó é sempre farta. Para isso são organizados três ou quatro vezes por ano grandes expedições. Mulheres e crianças passam a acompanhar os homens deixando a aldeia abandonada. Os homens partem todos os dias para caça e coletam, principalmente de jabutis, animais que não precisam de água e comida por longo tempo e podem ser usados na cerimônia final. As expedições duram geralmente meses e no retorno todos se alimentam da caça.

Universo

Os Kayapó analisam a aldeia como o centro de tudo. Nela há conforto e sociabilização. A floresta, entretanto, é considerada um espaço perigoso e anti-social. Nela os homens podem se transformar em animais e espíritos, acreditam na existência de seres estranhos, pessoas podem morrer e adoecer sem motivo aparente. Quanto mais longe da aldeia, mais perigosa a floresta e os perigos estão associados.

Mortos

Os Kayapó pensam que os espíritos de pessoas mortas vivem em uma aldeia apartada de tudo e uma organização muito parecida com as dos vidos. Entretanto, eles odeiam a luz e preferem viver e realizar as atividades no horário da noite. Por esse motivo, os Kayapó têm medo de permanecer sós na floresta durante a noite.

Importância do Nome

Os Kayapó acreditam que há duas categorias de nome: os nomes "comuns" e os nomes "belos" ou "grandes". As fontes que inspiram os nomes comuns são múltiplas, podendo remeter a um elemento do ambiente, uma parte do corpo, uma experiência pessoal etc. Os nomes belos têm duas partes: um prefixo cerimonial e um sufixo simples. Há oito sufixos cerimoniais parte de um conjunto de rituais da tribo. Dessa maneira quando uma criança já consegue andar e falar ela participa de rituais onde seu nome é escolhido.

http://portalamazonia.com/noticias-detalhe/cidades/do-para-ao-mato-gros…

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.