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20 de Jun de 2012
Indígenas são obrigados a buscar água em bica.
Prédio está em condições precárias.
A Casa do Índio que presta assistência aos povos Karitiana e Karipuna quando estão na cidade de Porto Velho, RO, está em condições precárias. Com cortes frequentes no abastecimento, indígenas são obrigados a buscar água em uma bica em outra rua. De acordo com o coordenador local da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Porto Velho, Reginilson Jacob de Oliveira, as dívidas ultrapassam R$ 600 mil.
O presidente da Associação do Povo Indígena Karitiana, Antenor Karitiana, diz que a Funai prometeu reformas, mas não apresentou nenhum projeto. "Eles sempre falam que vão realizar essa reforma, mas primeiro eles têm que pagar as dívidas que o prédio possui. Desde quando aqui era a sede da administração estadual da Funai, que a dívida começou, mas eles culpam nós indígenas de ter aumentado a conta de água e energia", reclama.
Reginilson de Oliveira disse ao G1 que na semana passada um projeto de reforma do local foi iniciado pelos engenheiros da Funai, mas ainda não há data definida para a conclusão e o início da obra. Questionado sobre as dívidas acumuladas, Reginilson culpa a administração anterior pela situação ficar fora de controle. "Os recursos estão sendo negociados com a Funai em Brasília. Além dessa dívida precisamos de recursos para reformar o prédio", diz.
No momento, a casa abriga três famílias que estão de passagem pela cidade. A indígena Maria Cecília Karitiana conta que teve dias em que buscou água em uma bica que fica próxima a casa. "É muito ruim, os baldes são pesados e dá dores nas costas", reclama.
O coordenador da Funai não soube explicar quando a situação desses indígenas vai mudar. Nem a reforma e nem o recurso para quitar as dívidas têm prazo definido.
http://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2012/06/dividas-da-casa-do-indi…
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