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Dilma anuncia licitacao de usinas para 2005

O Globo, Economia, p.27
09 de Jun de 2004

Dilma anuncia licitação de usinas para 2005
Ministra responde a crítica da Abdib com promessa de investimentos no setor elétrico
Mônica Tavares
A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, anunciou ontem que, no primeiro trimestre de 2005, o governo vai realizar licitação para a construção de 17 usinas hidrelétricas, com capacidade total de 2.817 megawatts (MW). A previsão é que as obras significarão investimentos de US$ 2,9 bilhões e deverão gerar cerca de 25 mil empregos diretos e 50 mil indiretos.
O anúncio da ministra foi feito em resposta às críticas que tinha recebido do vice-presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Base (Abdib), João Carlos de Luca. Ele afirmou que não há indicação de investimentos na área de geração de energia. Segundo Dilma, todas as usinas, quando forem leiloadas, já contarão com licenciamento ambiental.
- Nós retomamos as condições de estabilidade do setor elétrico. A Parceria Público-Privada vai ser a chave da próxima etapa - disse a ministra.
Este mês, segundo Dilma Rousseff, será realizada a licitação de 2.879 quilõmetros de linhas de transmissão. No total, deverão ser aplicados US$ 687 milhões, gerando 4.900 empregos diretos. Ela informou que, até o fim do ano, o Ministério de Minas e Energia vai lançar um segundo edital de licitação para a construção e operação de 2.630 quilômetros de linhas de transmissão.
Outra contratação que estará concluída até o fim do mês é para a construção de 3.300 MW de usinas de fontes alternativas de energia- eólica, biomassa e PCH (pequenas centrais hidrelétricas). Serão R$ 2,8 bilhões de investimentos.
Ministra diz que setor terá política sólida de crédito
A ministra destacou que a questão do crédito para a área de energia é fundamental. Ela disse que haverá uma sólida política de financiamento, respaldada por um processo que impeça a inadimplência. Para Dilma Rousseff, o baixo custo dos financiamentos está relacionado à taxa de juros e às garantias fornecidas.
- Sem crédito, não tem infra-estrutura - destacou.
A expectativa da ministra é concluir, até o fim deste mês, quatro decretos para complementar o novo modelo do setor elétrico. Ela disse que do essas normas deverão dispor sobre as formas de licitação para os leilões de compra e venda de energia que serão realizados entre distribuidoras e geradoras.

O Globo, 09/06/2004, p. 27

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