VOLTAR

Diagnóstico da UNI sobre a saúde bucal indígena no Acre

A Tribuna-Rio Branco-AC
08 de Jul de 2002

Diagnóstico da União das Nações Indígenas (UNI) sobre a saúde bucal indígena no Acre revela uma triste realidade. Oitenta por cento da população indígena sofre de algum mal na dentição. Um dos maiores problemas, segundo o coordenador técnico do setor de Odontologia da UNI, Rodrigo Asfury, é o desgaste dental, ocorrido pelo uso indevido de ervas e de frutos silvestres. Asfury faz parte de uma força-tarefa dividida em 11 equipes de profissionais de saúde, que percorre desde março, as 185 aldeias acreanas, com o objetivo de levar tratamento preventivo e curativo para mais de 15 mil indígenas.

"Neste momento, as equipes estão concentradas no Alto Purus e Alto Juruá, onde se constatou alta incidência de cáries", explica o odontólogo, graduado pela Universidade Paulista de Ribeirão Preto e contratado pela UNI por meio do convênio UNI/Funasa de assistência médica indígena. Segundo o coordenador, a influência do homem branco ao longo dos anos também contribuiu sobremaneira na mudança de hábitos alimentares indígenas.

"Por isso, mais que prevenir e tratar dos dentes com cáries, temos tido preocupação com a dieta destes povos". Desse modo, compõem também as equipes, nutricionistas e auxiliares de enfermagem. O Acre tem hoje 44 terras indígenas devidamente demarcadas e o convênio UNI/Funasa permite o acesso desses profissionais e seus aparatos de trabalho às mais longínquas aldeias, sem qualquer problema.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.