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Desmatamento da Amazônia atinge menor índice em 26 anos

Terra - http://noticias.terra.com.br/
05 de Jun de 2013

A Amazônia brasileira perdeu 4.571 quilômetros quadrados de cobertura vegetal entre agosto de 2011 e julho de 2012, o menor índice para o período nos últimos 26 anos, segundo números divulgados pelo governo nesta quarta-feira, Dia Mundial do Meio Ambiente.

A superfície desmatada no período foi 28,8% inferior à devastada entre agosto de 2010 e julho de 2011 (6.418 km²), que antes era a menor desde que o Brasil começou a medir o desaparecimento da maior floresta tropical do mundo, em 1988, com a ajuda de imagens de satélite.

A área verde devastada entre agosto de 2011 e julho de 2012 é seis vezes menor do que a desmatada entre agosto de 1994 e julho de 1995 (quase 29.059 km²), até agora um recorde, de acordo com os dados divulgados pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Os dados foram anunciados durante uma reunião do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC), realizado no Palácio do Planalto, com a participação da presidente Dilma Rousseff.

Em novembro, o governo tinha calculado que o desmatamento entre agosto de 2011 e julho de 2012 havia atingido uma área total de 4.656 km², mas na realidade, após uma revisão dos números iniciais, foi contatada uma destruição 2% menor, detalhou a ministra do Meio Ambiente.

Izabella lembrou também que o Brasil se comprometeu, voluntariamente, a reduzir em 80% o desmatamento da Amazônia entre 1990 e 2020 - ano em que a taxa de destruição não poderá superar os 3.925 km² - e disse que é possível sonhar com o cumprimento dos objetivos prometidos.

O Brasil se comprometeu voluntariamente a diminuir suas emissões de gases poluentes em 39% até 2020, o que depende, principalmente, da redução de incêndios florestais na Amazônia.

"O país já alcançou 76% de sua meta voluntária de redução do desmatamento e 62% da de emissões de gases poluentes", ressaltou Izabella.

Durante discurso no fórum, Dilma declarou que a meta de redução das emissões para 2020 é "viável", mas que, para isso, além de frear o desmatamento, o país tem que encontrar alternativas para as centrais térmicas que ainda são necessárias para suprir o consumo elétrico.

"As hidrelétricas não têm mecanismos de reserva de água e são vulneráveis às mudanças climáticas, por isso as termelétricas são necessárias para garantir o abastecimento de energia", admitiu Dilma.

Segundo a governante, uma alternativa para reduzir a liberação de gases poluentes na atmosfera é a adoção de práticas agrícolas de baixa emissão de carbono, como a alternância de cultivos e o plantio direto, que o governo financiará com uma linha de crédito especial anunciada ontem.

"O uso de técnicas agrícolas mais adequadas ao meio ambiente é muito eficiente na redução de emissões e também beneficia o produtor, que eleva sua produtividade com um custo menor", explicou.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/sustentabilidade/desmatamento-da-a…

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