Funasa
24 de Mai de 2007
Atendendo à solicitação do ministro da Saúde José Gomes Temporão, que determinou a apresentação de ações de curto, médio e longo prazos para a melhoria da Saúde Indígena, o presidente da Funasa, Danilo Forte, reuniu-se, hoje (24), no prédio da presidência, com os diretores da Fundação para assistir à apresentação do planejamento estratégico elaborado pelo Departamento de Saúde Indígena (Desai).
A exposição foi feita pelo diretor do Desai, Wanderley Guenka, demonstrando atividades que resultarão na melhoria da assistência à saúde oferecida às comunidades indígenas. A inter-relação entre os departamentos da Funasa com outras instituições como a Fundação Nacional do Índio (Funai), Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e comissões do Congresso Nacional foram citadas pelo diretor como estratégia para facilitar o alcance das metas.
O planejamento de ações imediatas prevê priorizar a geração e a transmissão de dados por meio do Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (Siasi); implantar o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) que ainda não têm o programa e melhorar a logística de aquisição, armazenamento e distribuição de medicamentos; e disponibilizar computadores para o programa Governo Eletrônico - Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac) que também está no planejamento da Fundação. Para garantir a adequada aplicação de recursos, os valores utilizados na administração direta e os repassados deverão merecer ainda mais atenção.
Entre as ações de médio prazo, Wanderley citou a intensificação dos trabalhos nas áreas indígenas Ianomâmi, Xavante, Vale do Javari, Tocantins, Rondônia e Maranhão. A troca de experiências entre os chefes dos Dseis e o estabelecimento de parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) fazem parte também do agendamento da Funasa. As metas para longo prazo passam pelo Plano de Cargos e Salários e pelo estudo da autonomia dos Dseis.
O coordenador-geral de Planejamento e Avaliação de Saúde Indígena do Desai, Frederico Monteiro, complementou a apresentação, demonstrando metas e ações específicas para o combate e prevenção de doenças, imunização, saúde bucal, vigilância nutricional e saúde mental nos estados da Amazônia Legal.
A presidente do Fórum do Condisi, Carmem Pankararu, destacou, entre outros aspectos, a necessidade da conscientização dos usuários das Casas de Saúde do Índio (Casais) para que o serviço tenha mais qualidade. "O controle social precisa ser trabalhado de forma mais eficiente e precisamos de mais atenção para o saneamento nas aldeias" disse Carmem. O coordenador regional no Amazonas, Francisco Aires, lembrou que é necessário trabalhar preventivamente para alcançar resultados cada vez mais satisfatórios na saúde.
O diretor do Departamento de Engenharia de Saúde Pública (Densp), José Raimundo Machado dos Santos, declarou que o Densp tem papel complementar ao trabalho do Desai. Ele também sugeriu que seja elaborado um plano de sustentabilidade a ser aplicado em todas as aldeias. A assessora de comunicação da Funasa, Luíza Mello, lembrou ao grupo que o presidente Lula está dando prioridade para a questão indígena no seu governo.
Após a apresentação, Danilo Forte considerou que o planejamento deve ser acompanhado de perto em cada detalhe para ser cumprido integralmente. "A participação de cada departamento da Funasa é importantíssimo para agilizar esse trabalho", concluiu.
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