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Deputado repudia críticas de entidades em relatório

Agora MS - http://www.agorams.com.br/
14 de Abr de 2010

O deputado estadual Zé Teixeira (DEM) ocupou a tribuna da Assembléia Legislativa nesta quarta-feira para repudiar o que classificou de mentiroso o relatório elaborado por várias entidades, entre as quais, Comissão Pastoral da Terra, que aponta irregularidades em sua propriedade localizada no município de Caarapó.

O documento, denominado "O Brasil dos Agrocumbustíveis - Cana 2009", aponta, entre outros aspectos, a prática de trabalho escravo de índios que trabalham na fazenda que hoje está arrendada a Usina Nova América.

Para Zé Teixeira, o documento é tendencioso, prejudicial aos índios e a empresa, além de denegrir a imagem de Mato Grosso do Sul. O relatório diz que a Usina Nova América, empresa paulista que detém a marca Açúcar União, é arrendatária da fazenda Santa Claudina, de propriedade do deputado e que incide na terra indígena Guyraroca -- área já foi vistoriada pela Funai e teve o resumo de identificação e delimitação publicado no Diário Oficial.

O documento atesta que a usina se associou ao Grupo Cosan, que no final do ano passado foi incluído pelo Ministério do Trabalho e Emprego na "Lista Suja" do Trabalho Escravo, da qual saiu no início de janeiro por força de liminar.

O que mais intriga o deputado é que o documento foi elaborado por pessoas que sequer vieram ao Estado, sobretudo, foi feito baseado em informações de um "ex-capitão" (denominação dada ao líder indígena) que trabalhava na Usina e foi demitido.

Segundo Zé Teixeira, o ex-funcionário queria intermediar a contratação de outros índios para trabalhar na empresa e como foi dispensado decidiu informações inverídicas a estas entidades.

Além da Pastoral da Terra, colaboraram com o documento, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás), a Fetaeg (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás), o Ibiss (Instituto Brasileiro de Inovações pró-Sociedade Saudável), o Ministério Público Federal, em Dourados, e a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Goiás.

"Não sou advogado da Usina, estou fazendo a minha defesa porque a propriedade que está no relatório pertence a minha família", argumentou o democrata, observando ainda que na condição de produtor rural sempre respeitou as normas legais e nunca derrubou uma árvore, sobretudo, agrediu o meio ambiente em sua propriedade.

Ainda em seu discurso, Zé Teixeira fez questão de ler síntese de um relatório encaminhado pela diretoria da Usina, segundo o qual aponta as atividades da empresa e o benefício que assegura aos seus funcionários, principalmente aos 651 índios contratados, como adiantamento salarial, taxa comunitária, transporte, pausa para descanso, ginástica laboral, treinamentos, atendimento medicina ocupacional, atendimento serviço sócia, seguro de vida e auxílio funeral.

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