Amazônia Brasil Rádio Web- http://chicoterra.com
28 de Abr de 2014
A deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP) propôs que neste Dia do Índio, aos 50 anos do golpe militar, é preciso "refletir sobre o genocídio dos povos indígenas no período da ditadura política de Estado com consequências graves até hoje. A ditadura capitalista reforçou o preconceito e o extermínio desses povos em nome do progresso, para atender os setores mais atrasados do latifúndio, da indústria, dos meios de comunicação e dos militares, os golpistas", registrou. A deputada integra a Frente Parlamentar de Apoio aos Povos Indígenas e a Comissão Especial que analisa a PEC 215/2000.
Em discurso no Plenário da Câmara, lembrou que "a Comissão Nacional da Verdade afirma que 8 mil índios foram mortos. Um campo de concentração chegou a ser mantido pela FUNAI em Minas Gerais para punir rebelados. Índios de sul a norte foram expulsos e fugiram para países vizinhos. Os que resistiam eram mortos ou confinados em reservas. A demora na demarcação das terras e o falso argumento de que essas áreas são improdutivas continuam até hoje. É grave que nenhum índio, aldeia ou povo tenha sido indenizado pela violência da ditadura e do capital privado".
A socialista denunciou, ainda, o loteamento de cargos públicos que deveriam servir para cuidar da saúde dos povos indígenas. "Outra herança maldita é o desprezo de alguns setores mais atrasados. No Amapá a saúde indígena está falida por que a administração da CASAI está nas mãos do PMDB. O dinheiro é mandado pelo Governo Federal, mas nunca chega aos índios".
Para a deputada amapaense, que foi exilada política, enquanto o Brasil não recuperar a verdade e não fizer a reparação histórica dos crimes da ditadura militar contra os povos indígenas, "o discurso anti-indigenista das forças que deram o golpe civil-militar se perpetua". "No Congresso - prosseguiu - a grilagem, as milícias, o confinamento, viram proposições legislativas que devem ser arquivadas. É urgente que a sociedade brasileira corrija essa agressão. A demarcação de todas as suas terras é uma indenização mínima pelos crimes cometidos contra eles antes, durante e depois da ditadura".
Por outro lado, Janete reafirmou o compromisso do Governo do Estado do Amapá "com os direitos, a dignidade e a inclusão permanente dos cidadãos indígenas. O Governador Camilo recebeu, mais uma vez, pela passagem do Abril Indígena, no Palácio do Setentrião, 300 lideranças indígenas para debater suas demandas. Gestores indígenas cuidam da implantação de políticas públicas específicas.
http://chicoterra.com/2014/04/28/deputada-considera-grave-que-nenhum-in…
As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.