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Depois de prender índios, polícia procura capitão

Diário MS -Campo Grande-MS
Autor: Márcio Rolon
03 de Abr de 2006

Marcos Homero, antropólogo do MPF, de amarelo, foi à área onde havia buscas da polícia
Seis índios estão presos na sede do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) de Dourados suspeitos do assassinato dos agentes da Polícia Civil Rodrigo Pereira Lorenzatto e Ronilson Bartie e tentativa de homicídio do policial Emerson Gadani. Segundo a assessoria de imprensa da instituição, cinco homens e uma mulher foram autuados em flagrante por tortura e homicídio qualificado, crime de natureza hedionda.

Dois homens estão foragidos, um deles é o capitão Carlito de Oliveira, apontado como mentor do massacre, ocorrido na noite de sábado, em Porto Cambira, em Dourados. Representantes da Funai (Fundação Nacional do Índio) afirmaram que apresentariam Carlito ainda ontem, porém, até a manhã de hoje a promessa não foi cumprida e o líder dos índios continua foragido.

Informações divulgadas pelo site Dourados News indicam que Zair Aquino Fernandes, 31 anos, Valmir Júnior Savala, 18 anos, e Sandra Arevalo Savala, 22 anos, foram presos ontem por uma equipe da Rotai (Rondas Ostensivas Táticas do Interior) e do 3o BPM (Batalhão da Polícia Militar).

Segundo a assessoria de imprensa, os três policiais foram ao acampamento indígena à procura de Wilson Rodrigues da Silva, suspeito do assassinato do pastor evangélico Sinforiano Ramires, ocorrido na noite de sexta-feira na Vila Erondina, zona sul de Dourados. Quando chegaram ao local, Lorenzatto, Bartie e Gadani foram surpreendidos por um grupo de aproximadamente 100 índios, que desarmaram os agentes e iniciaram a tortura.

Os policiais foram agredidos a pauladas, atingidos por facadas e tiros. Um dos civis foi assassinado com um tiro de escopeta. Apenas Gadani conseguiu escapar da morte. Ele está internado no HE (Hospital Evangélico) e a maior preocupação é que contraia uma infecção. Ele foi esfaqueado e as armas usadas pelos indígenas estavam sujas.
Na manhã de ontem, agentes da PF (Polícia Federal), Sig (Serviço de Investigações Gerais) e do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) fizeram uma varredura nos barracos do acampamento e conseguiram recuperar uma pistola da Polícia Civil que foi usada no massacre.

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