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25 de Abr de 2013
Disputa por 7.073 hectares de terra ameaça provocar assassinato em massa de índios e proprietários em Palmeira dos Índios
O processo de demarcação, que foi concluído mês passado, e a retomada de 7.073 hectares de terras indígenas Xucuru-Cariri em Palmeira dos Índios pode terminar em genocídio, ou seja, na morte em massa de índios, que não têm o mesmo "poder de fogo" de seus oponentes, os proprietários, que também podem ser assassinados, porém em número menor.
Dentre os 460 proprietários, pois três já foram indenizados pelo Governo Federal, alguns mais exaltados, afirmam que estão dispostos a usar de todos os meios, inclusive de violência em defesa de sua permanência nas terras localizadas na região serrana palmeirense.
Ameaça
"Eu mato índio, mas não vou dar de graça a terra que eu trabalhei com muito sacrifício para adquiri-la", confidenciou um proprietário que não quis se identificar. "Se o governo tirar a gente daqui para botar índio cachaceiro na terra que compramos com tanto suor e trabalho, o bicho vai pegar. Eu não quero nem pensar", reforçou.
Para um considerável segmento de proprietários, a saída definitiva das terras demarcadas representa o fim de uma vida dedicada ao plantio e produção de frutas, verduras e alimentos responsáveis pela educação e sustento da família. "Esse pedacinho de terra aqui é minha vida, é o meu ganha pão, é tudo que eu tenho. Não é justo que arranquem ele de mim", disse inconformado um proprietário de um hectare de terra. "Se me tirarem do meu cantinho, arrancarão um pedaço de mim. Então, a minha vida não terá mais sentido", enfatizou amargurado.
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