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Delegado diz que Quartiero e tuxaua não estavam reféns

Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR
06 de Jul de 2004

O delegado regional de Polícia Federal, Dercio Carvalheda, afirmou à Folha na tarde de ontem que Paulo Cezar Quartiero e o tuxaua Anísio Pedrosa nunca foram reféns dos índios ligados ao Conselho Indígena de Roraima (CIR).
Segundo o delegado, como a estrada que dava acesso à propriedade de Quartiero estava bloqueada pelos índios, ele juntamente com o tuxaua Anísio Pedrosa estavam na propriedade e não puderam sair, permanecendo na fazenda.
"Em momento algum, os índios invadiram a propriedade do senhor Paulo Cezar muito menos o fizeram de refém, assim como também nada aconteceu com o tuxaua", disse.
O delegado confirmou que os funcionários da Funai, Gilberto Pereira da Silva e Cezar Augusto dos Santos Rosa Junior, foram rendidos pelos índios ligados à Sodiur e mantidos como reféns. Os dois funcionários estiveram ontem na Superintendência da Políia Federal para prestar depoimento.

REFORÇO - Na quinta-feira, 10 foram enviados para a região de conflito 20 homens da Polícia Federal em cinco viaturas para contornar a situação e negociar a liberação dos reféns. Tão logo eles foram libertados pelos índios, os policiais voltaram para a sede da Federal, em Boa Vista.
O delegado Dércio Carvalheda informou que na chegada ao local, quando os ânimos estavam bastante alterados, o número de índios na região chegava a mil, divididos em dois grupos, sendo 500 de um lado, ligados ao CIR, e 500 ligados a Sodiur.
Ele frisou que não foi uma questão de controlar um confronto, que é bem mais complicado, mas de prevenir que ele aconteça. "Caso isto venha a ocorrer, a Polícia Federal deverá agir com inteligência, utilizando a demanda de homens existente no Estado. A exemplo disto, tem a operação Tamanduá, uma solicitação do Ministério Público Federal, decretada pela Justiça Federal e executada pela Polícia Federal. Estamos aqui para aplicar a lei e é isto que vamos fazer" complementou.
Agora, a articulação na Sede do órgão é para organizar o esquema de segurança para a vinda do presidente da Funai Mércio Pereira.
PM - Atualmente, permanecem na região do Contão seis viaturas e 30 homens da Polícia Militar, integrantes do agrupamento especial Força Tática entre outros do policiamento comum, que estão de plantão em locais estratégicos, prontos para atuar caso haja necessidade.
Segundo o aspirante Arcanjo, da PM, a presença destes homens tem surtido efeito, pois até o momento não houve nenhum sinal de um possível confronto. Ele disse que o conflito existe, mas nenhum sinal de confronto entre os povos. Os homens não têm data prevista para retorno para a Capital. Caso o tempo de permanência no local seja prolongado, eles poderão ser substituídos por outros. (T.B)

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