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Delegada vai pedir prisão de capitão Carlito

Dourados Agora-Dourados-MS
Autor: Maria Lucia Tolouei
02 de Abr de 2006

O capitão Carlito de Oliveira, líder dos índígenas desaldeados
envolvidos no massacre aos policiais civis de Dourados, é apontado
como o mentor do ataque ocorrido na tarde deste sábado, por volta das
16h, na MS 156.

No local morreram os policiais Rodrigo Pereira Lorenzato, 26 anos, que
residia na rua Major Capilé (centro) e Ronilson Guimarães Bartier, 36,
que morava Alvício Martins Viana (bairro Izidro Pedrozo).

Rodrigo levou oito golpes de punhal, foi espancado e golpeado na
cabeça, costas, pernas e braços. O corpo foi velado e sepultado, neste
domingo, na cidade de Fátima do Sul, onde residem os pais dele.
Ronilson, que também foi agredido a pauladas, levou um tiro de
espingarda 12 milímetros na perna, que atingiu a veia femural. O corpo
foi velado na Capela Bom Jesus e sepultado em Dourados.

O policial civil, também lotado no 1o Distrito Policial de Dourados,
Emerson José Gadani, 33 anos, foi apunhalado na perna e cabeça. Ele
passou por cirurgia, ontem, e permanece internado, fora de perigo, em
ala particula no Hospital Evangélico de Dourados. De acordo com
declarações dele, Carlito teria induzido os indios ao ataque. Conforme
a polícia, Carlito teria dito "degola eles".

Seis pessoas foram autuadas em flagrante por homicídio e estão presas
na sede do Departamento de Operações de Fronteira (DOF). A delegada
Magali Pascoal deve pedir a prisão preventiva do capitão Carlito.

RETROSPECTIVA: Os policiais foram emboscados depois de perseguição no
interior de uma aldeia. Eles estavam em diligência em busca de Wilson
Rodrigues da Silva, acusado pelo assassinato do pastor evangélico
Sinforino Ramires 42 anos, morto a tiros na noite desta sexta-feira na
rua Tiete, Vila Erondina, bairro de Dourados, conforme noticiou o
Douradosagora.

Os policiais teriam cortado caminho pela aldeia para chegar à uma
fazenda onde, segundo denúncia, Wilson estaria escondido. Eles estavam
numa viatura descaracterizada.

Teriam sido confundidos com seguranças de fazendeiros, perseguidos por
uma multidão de índios, atravessaram a porteira e quando chegaram à MS
156 surpreendidos por indígenas de ambos lados da pista. Um motorista
que passava pelo local acionou a polícia que compareceu com os
bombeiros. (Com informações de Sidnei L.Bronka).

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