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Defesa promete mais 28 pelotões

OESP, Nacional, p. A14
16 de Mai de 2009

Defesa promete mais 28 pelotões
Reforço ampliaria de 25 mil para 30 mil os militares na Amazônia

A preocupação com a segurança das fronteiras é grande no meio militar, principalmente na área próxima à Colômbia, por causa das ações das Forças Armadas Revolucionárias das Colômbia (Farc). A Estratégia Nacional de Defesa, o plano de defesa montado pelos ministros da Defesa, Nelson Jobim, e de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, prevê a criação de 28 novos batalhões na fronteira amazônica e nas terras indígenas, mais do que o dobro dos que existem hoje.

As unidades de defesa deverão ser construídas até 2018. O orçamento para a instalação dos postos, compra de equipamentos e gastos com infraestrutura é de R$ 1 bilhão, de acordo com o Ministério da Defesa. Atualmente, 25 mil homens atuam na região amazônica. Com o reforço, serão 30 mil.

Os novos pelotões seguirão diretrizes muito diferentes das aplicadas até agora. Atuarão como células de vigilância militar e não de vivificação de fronteiras, que implicava o povoamento de uma região, o que levava sempre à criação de uma vila nas proximidades. As mulheres e os filhos dos militares não se mudarão mais com eles, porque ficarão fora por um período breve. Um dos pelotões será instalado na região da Serra do Sol, onde vive a etnia ingaricó, entre o Parque Nacional Monte Roraima e a Serra do Parima, na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana.

O projeto que prevê a instalação dos novos pelotões faz parte do Amazônia Protegida, lançado em dezembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ideia é que os novos pelotões estejam prontos para reagir imediatamente a qualquer ameaça e para monitorar ações suspeitas, seja no tráfico de drogas ou biogenético.

Com o Amazônia Protegida, os postos militares na fronteira amazônica passarão de 23 para 51. Todos eles serão instalados nas terras indígenas e nas áreas de conservação da Amazônia. Cerca de R$ 140 milhões deverão ser gastos pelos próximos nove anos para modernizar os quartéis já existentes.

Quando os novos postos estiverem instalados, a distância entre eles deverá ficar entre 200 e 250 quilômetros. Eles estarão conectados ao Sistema de Vigilância da Amazônia.

OESP, 16/05/2009, Nacional, p. A14

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