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01 de Out de 2008
As Florestas Estaduais de Trombetas e Paru, no norte do Pará, passam a ter zonas intangíveis de preservação ambiental. O Decreto 1.310/2008, assinado pela governadora Ana Júlia Carepa, foi publicado, ontem, no Diário Oficial do Estado, e garante que uma faixa de 20 quilômetros, no limite entre as duas florestas e a terra indígena Zo´é, permaneça intocável até que os planos de manejo das Unidades de Conservação (UC) sejam elaborados e aprovados pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente (Coema). A criação das zonas proíbe qualquer alteração humana que coloque em risco a preservação da diversidade biológica e principalmente da etnia indígena Zo´é, cuja terra fica encravada entre as duas florestas.
Segundo Paulo Altieri, técnico da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), o decreto funciona como uma medida de precaução para garantir maior segurança aos indígenas. No ano passado, vários índios contraíram malária e a causa poderia ter sido a invasão desordenada de madeireiros e produtores de soja às proximidades da Floresta Trombetas. A tribo Zo´é se resume a cerca de 150 índios e é uma das poucas ainda considerada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) como totalmente isolada da civilização.
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