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DECRETADA PRISÃO DE CINCO ÍNDIOS ACUSADOS DE ASSASSINATO

Folha de Rondônia-Porto Velho-RO
11 de Nov de 2003

O serviço Reservado da PM (P-2) dos municípios de Espigão do Oeste e Cacoal informou em caráter oficial nesta terça feira ao juiz Leonel Pereira, titular da Comarca de Espigão do Oeste, que não foi possível cumprir o mandado de prisão temporária por 30 dias, dos índios cinta-larga acusados de praticar o assassinato de cinco garimpeiros no último dia 21 de outubro, nas imediações da Reserva Roosevelt. A prisão foi ordenada pelo juiz na última segunda-feira a pedido do delegado titular de Espigão do Oeste, Raimundo Mendes de Souza Filho. Josimar Cinta-larga e Joel Cinta-larga; Celso Cinta-larga e Itinha Cinta-larga (filhos do cacique Ita Cinta larga, em cuja aldeia funcionava a maior pista de pouso construída na reserva) e Icandro Cinta-largas (filho do cacique Naçoca Cinta-larga), tiveram participação direta, segundo apurado nos autos do inquérito, na morte de Menevam Alves Cavalcante, o Macarrão; Ferber Marques Farias, o Paraná; Evandro Oliveira Nunes, o Neguinho do Zoião e Francisco da Silva Farias, mortos com dezenas de disparos de arma de fogo. Segundo consta no inquérito, outro membros da comunidade Cinta-Larga, com medo de represálias, compareceram à delegacia para apontar os envolvidos. Por telefone, o chefe adjunto da Funai em Cacoal, Orlando Castro, informou a Folha que, diante do clima de tensão na cidade de Espigão do Oeste, recomendou aos cinta-larga que não deixassem as aldeias e permanecessem dentro da reserva nos próximos dias. Com base nestes fatos, será oficiado pela Justiça de Espigão do Oeste ainda hoje para a Delegacia da Polícia Federal em Porto Velho para que sejam providenciados em caráter de urgência, forças federais, inclusive do Exército, caso o efetivo local da PM não seja suficiente, para que a ordem de prisão temporária seja cumprida. Se for confirmado que os acusados de participação nos cinco homicídios estejam de fato, dentro da reserva, fontes da Polícia Civil em Cacoal, Pimenta Bueno e Espigão do Oeste afirmam que somente com apoio de forças federais será possível esquadrinhar a reserva e fazer as prisões, uma vez que os índios estão armados.

Operação desarme

Em outra frente de trabalho, o juiz Leonel Pereira determinou que a Polícia Civil e a PM façam diligências ininterruptas até no fim de semana em hotéis, hospedarias, bares e demais locais onde possam estar sendo escondidas armas, como forma de tranqüilizar a população de Espigão do Oeste. Até o início da noite de ontem, havia sido apreendidas pelo Serviço Reservado da PM em mãos de forasteiros em sem documentação, quatro pistolas de calibres em 9 milímetros e 380 mm.

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