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Debate sobre mudanças climáticas no CBUC

WWF - www.wwf.org.br
10 de Set de 2009

WWF-Brasil aproveita o VI Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação para discutir a importância das áreas protegidas para o combate às mudanças climáticas e cobrar meta de desmatamento zero em todo o Brasil até 2015.

A maior parte das emissões dos gases de efeito estufa no Brasil é proveniente do desmatamento e da degradação florestal. Os biomas brasileiros, com seus diferentes tipos de vegetação, têm um enorme potencial de auxiliar no combate às mudanças climáticas, exemplo mais palpável da grave crise ambiental que o mundo enfrenta atualmente.

Mas, para que esse potencial se realize, é imprescindível que governos, empresas e a sociedade civil brasileira empreendam esforços para alcançarmos a meta de desmatamento zero, em todo o Brasil, até 2015.

É com esse mote que o WWF-Brasil chega ao VI Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC), que acontece em Curitiba de 20 a 24 de setembro.

As áreas protegidas, que abrangem unidades de conservação (UCs), terras indígenas e territórios quilombolas, desempenham um papel fundamental na retenção de carbono, o grande responsável pelas alterações no clima. As áreas protegidas resguardam os remanescentes de vegetação nativa e ajudam a frear o avanço do desmatamento.

Além de evitar o agravamento da crise climática, as áreas protegidas também são indispensáveis para a adaptação da flora, da fauna e, sobretudo, de homens e mulheres às mudanças do clima que são inevitáveis.

Quanto mais vegetação nativa tivermos ao nosso redor, menos vamos sentir os impactos do aumento de temperatura previsto para os próximos anos, mesmo nos cenários mais otimistas.

Publicações
As atividades do WWF-Brasil programadas para o CBUC refletem essa preocupação. Quatro publicações diferentes que abordam diretamente as áreas protegidas serão lançadas durante o congresso.

Três delas referem-se à análise sobre a efetividade da gestão das unidades de conservação de três estados amazônicos: Mato Grosso, Acre e Amapá. O aprimoramento da gestão de UCs é essencial para que essas áreas possam cumprir plenamente seu papel de contenção das mudanças climáticas. Os resultados da análise serão apresentados em evento paralelo.

A quarta publicação a ser lançada traz o estudo Redução das emissões de carbono do desmatamento no Brasil: o papel do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), realizado em parceria por Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), WWF-Brasil e The Woods Hole Research Center (WHRC).

Os resultados do estudo indicam que as áreas protegidas são, de fato, inibidoras do desmatamento e, portanto, das emissões de gases de efeito estufa.

Seminário
O WWF-Brasil vai realizar também o III Seminário sobre Mosaico de Áreas Protegidas, em parceria com a GTZ, com o objetivo de consolidar as diretrizes para a implementação da gestão de mosaicos.

A instituição participa, ainda, do lançamento da segunda fase do Arpa, realizado pelo Ministério do Meio Ambiente. Durante o evento, o WWF-Brasil e o Instituto Socioambiental (ISA) lançam a edição de 2009 do Mapa Amazônia Brasileira, que destaca todas as áreas protegidas da Amazônia.

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