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De Cuba para polo de saúde indígena no Maranhão

O Globo - http://oglobo.globo.com
Autor: Raimundo Garrone
21 de Set de 2013

MARANHÃO - Há uma semana no Maranhão, o médico cubano Juan Melquiades Delgado, de 49 anos, não guarda mágoa da recepção que teve ao desembarcar em Fortaleza, quando foi hostilizado e chamado de "escravo" por seus colegas brasileiros.

- A escravidão em Cuba acabou em 1868. Viemos para o Brasil por livre vontade e para ajudarmos a combater a mortalidade infantil e materna - conta Delgado, que acredita que a reação dos brasileiros seja por conta do temor de que os cubanos resolvam ficar no país: - Tenho mulher e filha e um contrato de três anos, para depois retornar ao meu país, onde já há trabalho me esperando.

No Maranhão, Delgado é um dos sete médicos que vão trabalhar nos sete distritos indígenas do estado. Antes de viajar, ele passará uma semana em São Luís para participar de reuniões com a Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde. O objetivo é que tome conhecimento da cultura indígena. Em seguida, vai para o Polo Base de Saúde Indígena de Zé Doca, a 316 kms de São Luís, onde os índios vivem em constante conflito com a população do município devido a extração ilegal de madeira.

Na região, o atendimento de saúde é precário. Em outubro do ano passado, o Ministério Público Federal propôs uma ação civil contra a União pelas péssimas condições de funcionamento do Polo Base. Auditorias do Ministério da Saúde e da Vigilância Sanitária apontaram problemas na estrutura física e insuficiência de medicamentos e refeições. Ontem, a Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde no Maranhão informou que a situação já foi resolvida, e que tudo será explicado aos médicos na próxima semana.

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