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Davi Kopenawa Yanomami exige documentos para agentes de saúde, professores e representantes indígenas

Boletim Yanomami No. 25 -CCPY- Boa Vista-RR
25 de Mar de 2003

O exercício pleno da cidadania, garantido pela Constituição Federal, ainda não foi alcançado pelos índios Yanomami. Entraves burocráticos em Roraima têm praticamente inviabilizado a obtenção de documentos aos quais os índios têm direito, tais como carteira de identidade, CPF e passaporte. A falta dos dois primeiros afeta principalmente os professores e agentes de saúde Yanomami que ficam dessa maneira impedidos de receber salários do Estado. Por sua vez, qualquer Yanomami que viaje dentro do país (para cursos, eventos ou reuniões) sem ter carteira de identidade, fica à mercê de uma autorização da Funai, a exemplo do que ocorre com os menores de idade. Para os que necessitam viajar ao exterior, a obtenção do passaporte também depende de autorização da Funai (ver Boletim Yanomami No. 22). Em suma, as barreiras que os Yanomami têm que superar para conseguir seus documentos são imensamente maiores do que as enfrentadas pelo resto do país.
Esse problema foi tema do primeiro encontro entre os líderes Davi Kopenawa, Santarém e Dorival, acompanhados dos representantes da CCPY, com o atual Presidente da Funai, Eduardo Aguiar de Almeida, ocorrido em Brasília. Davi Kopenawa reivindicou do novo presidente providências que facilitem aos índios o acesso aos documentos de que necessitam.
Ainda nesse encontro, os índios pediram a ajuda da Funai para a solução dos problemas fundiários e ambientais que afetam a porção oriental da Terra Indígena Yanomami.

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