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Curso de magistério forma cem professores indígenas

Diário do Nordeste-Fortaleza-CE
24 de Jul de 2001

A solenidade de abertura contou com a presença de representantes de três tribos Cem índios cearenses - entre Tapeba, Pitaguary e Jenipapo-Kanindé - participam de um curso de formação de professores indígenas. O curso foi aberto ontem, com o Encontro de Formação de Professores Indígenas, na escola de Ensino Fundamental e Médio José Alexandre, em Capuan (Caucaia). Crianças Tapeba dançaram o Toré marcando o início das atividades.Aprovado pelo Ministério da Educação (Mec), com apoio da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Funai, o curso tem parceria com Pastoral Indigenista, Secretarias de Educação e de Trabalho e Ação Social de Caucaia, Instituto de Memória do Povo Cearense (Imopec), Instituto de Prevenção à Desnutrição e à Excepcionalidade (Iprede), Associação Nacional de Apoio dos Índios e Igreja Metodista.O curso tem duração de três anos e será ministrado nas comunidades, diz a coordenadora Sandra Petit, professora UFC. Os professores indígenas resgatam um direito constitucional: escola de formação diferenciada. Uma reivindicação antiga. A educação diferenciada está assegurada na Constituição Federal e na resolução 3 do Conselho Nacional de Educação, que criou a categoria de escola indígena.A proposta do Curso de Magistério para Professores Indígenas foi elaborada pelos próprios índios, com a necessidade de mais preparação dos professores nas tribos. Além do ensino convencional, os professores indígenas são capacitados para levar história, costumes e cultura e questões como a luta pela demarcação de terras.O Conselho Estadual de Educação acompanhará o processo, conforme Sônia Nobre, membro do órgão. Formularemos a legislação estadual que regulamenta a formação do professor, credencia a escola para dar validade ao estudo e legalidade da educação do Estado. Na avaliação dela, a iniciativa vem chegando tarde. Apesar do tempo que perdemos, ainda é época de recuperar.PIONEIROS - Foram os índios Tremembé, de Almofala, os primeiros a terem professores indígenas. Atualmente, são 50 professores com etnia Tremembé atuando em Itarema, segundo a técnica da Funai Célia Abreu.

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