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Crianças Apinajés voltam a morrer em Tocantins

O Popular
29 de Jan de 2007

Os índios apinajés, que vivem no Norte de Tocantins, próximo ao município de Tocantinópolis,
estão assustados com a morte de três crianças da Aldeia São José, mesmo lugar onde no ano
passado 16 crianças indígenas morreram com os mesmos sintomas, febre, dor de cabeça e
diarréia. Entidades ligadas aos índios afirmam que é preciso que a Fundação Nacional de
Saúde (Funasa) e a Fundação Nacional do Índio (Funai) implementem programas sociais de
auto-sustentação nas aldeias.

Um dos caciques, Orlando Apinajé, afirma que não houve resposta da Funasa sobre a
implantação de programas que evitem a mortandade entre as crianças, mas na aldeia a
mesma água que é utilizada para lavar utensílios e roupas é a que os índios bebem e tomam
banho. Não há banheiros e a convivência com animais é comum entre as crianças.

São cerca de 600 índios na comunidade, que apresenta alto índice de desnutrição, que aliada à
má qualidade de vida e a precariedade de higiene, como foi constatado no ano passado,
podem levar à morte das crianças. Integrantes de organizações indígenas denunciam que a
Funasa apenas fornece cestas básicas, quando o ideal seriam programas de autosustentabilidade
para os índios.

As aldeia dos apinajés ficam a cerca de 600 quilômetros de Palmas, no extremo norte do
estado, e o Ministério Público Federal já está atuando no caso, com atendimento de saúde dos
índios, que até agora vem sendo feito pelo serviço de saúde de Tocantinópolis.

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