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Covid-19: vários membros da Via Campesina destacam a vulnerabilidade de camponeses e trabalhadores

De Olho nos Ruralistas - https://deolhonosruralistas.com.br/
Autor: Por Via Campesina Tradução: André Takahashi
23 de Abr de 2020

Resposta insuficiente de governos à pandemia passa pela falta de apoio aos povos do campo, principais responsáveis pelos alimentos que chegam à mesa da população em quarentena; confira situação pelo mundo

Na medida que o vírus do Coronavírus se espalha pelos países e continentes, vários membros da Via Campesina emitiram declarações destacando a situação precária dos camponeses e trabalhadores migrantes em todo o mundo.

Aqui está uma compilação de diferentes declarações emitidas pelos membros da Via Campesina:

EUA: VÍRUS ATINGE PRODUTORES MIGRANTES

A atual crise pandêmica é uma ameaça real para toda a população. Não podemos fechar os olhos para as mortes, contágios, fechamento de quarentena, distanciamento social, escassez de produtos básicos nas casas, especulação e acumulação de alimentos, fechamento de escolas, toque de recolher, resposta insuficiente de governos e autoridades de saúde, a indiferença em relação às condições prementes das pessoas e comunidades mais marginalizadas, bem como o aumento da precariedade e desigualdade, não são aceitáveis. Estamos atolados em uma crise da vida que afeta a todos nós.

Entretanto, existem setores da população que estão em uma situação mais frágil e que são mais afetados pela ameaça do contágio do Covid-19 do que todas e todos. Esse setor é composto por migrantes pobres e desprotegidos que não apenas não têm acesso a programas de saúde e serviços médicos devido à falta de dinheiro ou seguro básico de saúde, mas também podem espalhar a infecção para suas famílias e comunidades rurais porque vivem em medo e por que eles não recebem tratamento ou não procuram tratamento se ficarem doentes nos Estados Unidos.

Como se a ameaça de adoecer e talvez morrer com o coronavírus não fosse suficiente, a crise também exacerbou o sistema de segurança nacional com seus impactos de maior perseguição policial, mais autoritarismo e mais militarismo contra as comunidades de imigrantes e fronteiras. O Estado, que deveria proporcionar segurança e tranquilidade ao povo, promoveu divisões sociais e uma atmosfera de medo ao executar uma estratégia de guerra para enfrentar a atual crise. Em vez de uma mobilização pública urgente para enfrentar a crise de Covid-19, o Estado aproveitou a desgraça humanitária para exercer um controle mais autoritário sobre a população, uma maior restrição de direitos humanos, o endurecimento das políticas anti-migrantes, um domínio rigoroso de corte paramilitar das fronteiras e a contenção do livre movimento de pessoas.

Declaração completa:

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