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05 de Fev de 2021
Covid-19 se alastra em comunidades tradicionais da Amazônia
Lideranças quilombolas e agroextrativistas denunciam descaso com a pandemia nas comunidades tradicionais da região
Por Adison Ferreira
Segundo um levantamento da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA), ao menos 192 quilombolas já foram mortos pela Covid-19 e mais 4.897 foram infectados no país. O monitoramento, feito de forma autônoma, mostra ainda que o Pará é a unidade da federação com o maior número de óbitos causado pela doença. O estado já registrou 48 mortes, desde a primeira infecção no Brasil.
O mapeamento calcula o total de óbitos em 18 dos 24 estados com quilombos certificados e/ou em processo de certificação. Desses, 25% estão no Pará, que também lidera o número de quilombolas contaminados e com suspeita de Covid-19, colocando a região Norte como a mais letal diante da proliferação do coronavírus nos territórios quilombolas, com 40% dos casos monitorados pela CONAQ em todo o país.
Assim como ocorre nas comunidades quilombolas, também não existem dados oficiais do Ministério da Saúde sobre a situação da pandemia entre a população ribeirinha da Amazônia. De acordo com o Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), a disseminação da doença entre as comunidades tradicionais espalhadas ao longo dos rios na região tem causado uma grave situação de mortes, desabastecimento, vulnerabilidade social e miséria.
O assunto foi pauta do terceiro episódio do podcast Carta Amazônia, conteúdo jornalístico produzido pelo site Carta Amazônia em parceria com a plataforma Rede Pará. No programa, as lideranças quilombolas Sandra Andrade e Maria Helena Dias e o secretário geral do CNS, Dione Torquato, falaram sobre o cenário da pandemia entre as comunidades tradicionais da região Norte.
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