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COVID-19: Conaq mapeia 80 óbitos em territórios quilombolas em 67 dias

CONAQ - http://conaq.org.br/
Autor: Ascom Conaq
17 de Jun de 2020

78,75% dos óbitos se concentram nas Regiões Norte de Nordeste

A falta de ações efetivas de enfrentamento à proliferação da COVID-19 em territórios quilombolas revela uma situação potencialmente drástica, que evidencia o descaso das autoridades públicas. A visibilidade tem acontecido em função da iniciativa de monitoramento autônomo da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) que, em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA), disponibiliza os dados em uma plataforma virtual. As informações são coletadas junto às lideranças quilombolas de territórios de todo o país.

Os dados da transmissão da doença em territórios quilombolas são sub-notificados pelas autoridades sanitárias, pois, muitas secretarias municipais ainda deixam de informar quando a contaminação da doença e morte ocorre entre pessoas quilombolas. Favorecendo assim o apagamento da população quilombola frente a catástrofe da Pandemia do Coronavírus.

Durante o monitoramento desenvolvido pela Conaq junto aos territórios, desde o início do isolamento social no Brasil, foram diagnosticados nos estados que a Conaq atua: 723 (setecentos e vinte e três) casos confirmados, 190 (cento e oitenta) casos monitorados, 80 (oitenta) óbitos e 02 (dois) óbitos sem confirmação de diagnóstico (Bahia e Minas Gerais). Nesta semana, o Mato Grosso entrou para a lista de Estados com óbitos

Desde 11 de abril quando foi registrado o primeiro óbito entre quilombolas, a situação se agravou, em 67 dias morreu, em média, mais de 1 quilombola por dia, os números são: 29 (vinte e nove) óbitos no Pará, 15 (quinze) óbitos no Amapá, 09 (nove) óbitos no Rio de Janeiro, 08 (oito) óbitos em Pernambuco, 7 (sete) óbitos no Maranhão, 03 (três) óbitos na Bahia, 03 (três) óbitos no Espírito Santo, 02 (dois) óbitos em Goiás 01 (um) óbito no Amazonas, 01 (um) óbito no Ceará e 01 (um) óbito no Mato Grosso.

Entretanto, já há registro de contaminação em quilombos situados nos Estados do Amapá, Pará, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo.

http://conaq.org.br/noticias/boletim-epidemiologico-17-06/

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