Corpo de Bombeiros lança a Operação Floresta Branca

Corpo de Bombeiros lança a Operação Floresta Branca. A Operação Floresta Branca tem como objetivo reduzir o impacto dos efeitos danosos provocados por incêndios florestais, considerados desastre ambiental, atuando com meio de articulação institucional, através da implementação de ações coordenadas e previamente estabelecidas. Diante disso, o nome da operação vem carregada de um significado histórico e cultural envolvendo o Bioma Caatinga o que requer uma atenção especial dos órgãos envolvidos na sua proteção. Os índios, primeiros habitantes da região, a chamavam assim porque na estação seca, a maioria das plantas perdem as folhas, prevalecendo na paisagem a aparência clara e esbranquiçada dos troncos das árvores. Daí o nome Caatinga (caa: mata e tinga: branca) que significa "mata ou floresta branca" no tupi.

Objetivos da Operação Floresta Branca
Proceder a gestão, o plano de contingência e operacional para incêndios florestais e queimadas urbanas e rurais, articulando o emprego dos recursos materiais, humanos e meios suplementares, de forma a executar as diretrizes do Comando Geral pelo Comitê de Gestão de Prevenção e Atuação de Incêndios Florestais (CGIF) para medidas de prevenção e resposta com mobilização e articulação de pronto emprego, principalmente na região metropolitana e interior do Estado do Ceará, durante o período da estiagem do segundo semestre de 2021.

Estiveram presentes no lançamento da Operação Floresta Branca, além do staff do Corpo de Bombeiros, o Secretário da Segurança Pública e Defesa Social, o delegado Sandro Caron, o Secretário do Meio Ambiente do Ceará, o professor Artur Bruno e o coordenador do Previna, Leonardo Borralho e o coronel Darley Sousa, Coordenador da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer).

De acordo com o professor Artur Bruno, "foi criada a lei de brigadistas estaduais, vamos precisar do Corpo de Bombeiros para a capacitação, onde vamos ter uma equipe de brigadistas, sobretudo para as unidades de conservação, fiz questão de estar presente para consolidar nossa parceria", destacou o Secretário Artur Bruno. "Se quiser chegar logo ande só se quiser chegar longe, ande acompanhado", sabedoria africano. "Eu quero sempre a companhia de vocês", Secretário Artur Bruno.

Conforme o delegado Sandro Caron, "nada se faz sozinho, reforçamos as recomendações e orientações que foram passadas para que todos um cidadão do nosso estado, principalmente nesse período em que há um risco de ocorrer incêndio florestal, por conta das queimadas, por isso peço que evitem por fogo no lixo e sigam todas as orientações e diretrizes dadas pelo corpo de bombeiros e pelos órgãos ambientais é contra a união de todos e um trabalho do Estado com o trabalho da Sociedade e de toda a população que nós vamos conseguir terminar esse segundo semestre do ano com um número mínimo possível de incêndios florestais, protegendo sempre a nossa fauna e a nossa flora", reforçou o Secretário da SSPDS, Sandro Caron.

Área de atuação
Conforme diretrizes politica de atuação das instituições vinculadas da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social o território cearense está repartido em Áreas Integradas de Segurança (AIS), objetivando uma ação conjunta entre seus órgãos integrantes, dinamizando a resposta às ocorrências e padronizando ações. Ao todo são 25 AIS's, sendo 10 na cidade de Fortaleza, 6 na Região Metropolitana de Fortaleza, e outras 9 no interior do estado.

No Corpo de Bombeiro Militar do Estado do Ceará (CBMCE) existem 8 Batalhões de Bombeiro Militar (BBM), sendo o 1oBBM, o Batalhão de Socorro de Urgência (BSU) e o Batalhão de Busca e Salvamento (BBS) em Fortaleza, o 2oBBM na Região metropolitana e o 3o, 4o, 5oBBM e o Batalhão de Combate a Incêndio Florestal (BCIF) no interior, todos com suas respectivas companhias, totalizando 34 unidades operacionais no CBMCE.

Prevenção e atuação operacional
A Operação Floresta Branca está dividida em três programas integrados e complementares:

Prevenção: tem como objetivo agir na redução de riscos de incêndios florestais, mediante adoção de campanhas informativas e ações de limitação ou redução das fontes propagadoras de fogo.

Monitoramento: promove o acompanhamento dos focos de incêndios e queimadas através do site BDQueimadas/INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), bem como as condições climáticas que favoreçam o aumento do risco de fogo, para fornecer subsídios aos órgãos diversos.

Combate: conjunto de atividades destinadas a planejar, integrar e executar ações de combate a incêndios florestais, formar bombeiros no Curso de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (CPCIF), treinar brigadas municipais e das Unidades de Conservação (Apronto Operacional).

Respostas Operacionais
Devido ao aumento significativo de ocorrências relacionadas a incêndios florestais e considerando que o CBMCE tem outras atribuições operacionais que não devem deixar de ser atendidas foi admitida a necessidade de deflagrar a divisão da resposta operacional aos incêndios em vegetação em dois tipo: 1ª e 2ª respostas.

Primeira resposta: A primeira resposta será composta pela guarnição que está no serviço ordinário, com ferramentas, materiais e viaturas já disponibilizadas, tendo como missão:
Efetuar o combate; Realizar a evacuação de pessoas e animais; Proteger patrimônios e vegetação, assim como: Coletar informações necessárias para dar suporte à 2ª resposta;
Organizar base de apoio para 2ª resposta.

Uma guarnição extraordinária mantida por IRSO poderá ser formada diariamente, para cada companhia, com apresentação às 09 (nove) horas e previsão de término as 21 (vinte e uma) horas, composta por 4 (quatro) combatentes, sendo destes um condutor de viatura, tendo pronto emprego o Auto Incêndio Florestal (AIF) com o kit pick-up tanque, duas bombas costais e demais ferramentas de sapa ao mínimo com 03 (três) abafadores, 02 (duas) enxadas, 03 (três) facões, 02 (duas) foices, tendo como principal finalidade ser a 1ª resposta às ocorrências de incêndio florestal, especialmente nas cidades mais distantes da unidade militar do CBMCE.

A guarnição ordinária (ABT) ficará de prontidão para ocorrências posteriores que envolvam incêndio florestal e, prioritariamente, incêndio urbano.

Segunda resposta

A segunda resposta será composta por militares que estão de folga do serviço ordinário, contando com no mínimo 13 combatentes, sendo que o comandante da operação deve possuir competência e conhecimento específico dos incêndios florestais adquiridos através do CPCIF. A principal finalidade desta Guarnição de Combate aos Incêndios Florestais (GCIF), equipe extraordinária, é combater as chamas até o total controle e extinção dos focos, utilizando materiais e viaturas de menor porte (4×4) e que não afete o serviço ordinário, ficando desobrigada de outras atribuições inerentes ao serviço operacional ordinário, mas podendo haver revezamento de membros dessa guarnição ou até dela por completo.

Então devemos voltar a atenção para os cuidados com esse bioma, que é o único 100% brasileiro.

Reflexão interessante: "um pequeno fogo, que se apaga com facilidade, quando tolerado, nem por rios se deixa extinguir", Shakespeare.

https://www.bombeiros.ce.gov.br/2021/08/20/corpo-de-bombeiros-lanca-a-o…