VOLTAR

Cooperativa vendia terra de índios no Maranhão

O Imparcial-São Luiz-MA
Autor: Marco Aurélio Oliveira
27 de Ago de 2001

A Polícia Federal fez a maior apreensão do ano de madeira extraída ilegalmente da floresta amazônica. As árvores eram retiradas de terras indígenas. No total, foram confiscadas duas mil toras e quatro serrarias foram interditadas sob a acusação de crime contra o meio ambiente. A madeira era extraída da reserva indígena Alto Turiaçu e da reserva biológica do Gurupi, no leste do Maranhão. Uma cooperativa foi criada para vender as áreas dos índios para pequenos agricultores, o que é ilegal. Trezentas famílias que já estavam plantando e criando gado nas terras desmatadas foram obrigadas a abandonar a região. Sobrevoando a floresta, a polícia descobriu outros pontos clandestinos de derrubada de árvores. Desde o começo do mês, os agentes tentam prender os criminosos no meio da mata. Os troncos apreendidos já estavam prontos para serem levados para serrarias. Os madeireiros conseguiram fugir. Por dia, eles estavam conseguindo retirar das áreas indígenas 125 árvores. A estimativa é de que 180 mil hectares da floresta amazônica no Maranhão tenham sido derrubados, área que corresponde ao tamanho de uma cidade como São Paulo. Se nada fosse feito agora, a reserva poderia desaparecer rapidamente. Os donos das serrarias ainda estão foragidos. A pena para quem comete crime ambiental é de até cinco anos de prisão

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.