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Cooperativa de criadores e jacaré gera emprego, renda e atua de forma sustentável no Pantanal

SEMA/MT - www.sema.mt.gov.br
Autor: Raquel Teixeira
29 de Abr de 2010

Quem ainda não comeu um filé, uma pizza ou experimentou linguiça da carne de jacaré, uma das mais nutritivas carnes de origem animal, com baixíssimo índice de gordura e boa dose de proteína, não sabe o que está perdendo. Quando iniciaram as atividades nos anos 90, os integrantes da Cooperativa de Criadores de Jacaré do Pantanal - Coocrijapan, em Cáceres, não tinham noção de que o negócio pudesse render tanto, ajudar muitas pessoas e conquistar um mercado único no Brasil.

Único frigorífico certificado na América Latina para o abate de jacarés criados em cativeiro, com produção mensal de 2.600 animais, a unidade da Cocrijapan possui também o Selo de Inspeção Federal (SIF) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para a comercialização dos cortes da carne de jacaré.

A criação da cooperativa resultou do interesse de produtores rurais da região pantaneira que queriam desenvolver uma atividade que pudesse preservar e combater as ações predatórias que estavam prejudicando a espécie "Cayman Yacare", ou o jacaré do Pantanal, ainda, gerar emprego e renda nas comunidades. Hoje, 22 produtores estão cooperados participando das atividades do empreendimento que tem uma cadeia produtiva que envolve a coleta de ovos nos ninhos nas fazendas, incubação, recria e engorda, abate e comercialização da carne, pele e subprodutos.

Em visita à sede da Coocrijapan nesta quarta-feira, 28 de abril, a secretária de Estado de Desenvolvimento do Turismo, Vanice Marques, conheceu o processo de recria, engorda e abate na unidade. Todas as etapas que vão da coleta de ovos nos ninhos até o abate são acompanhadas e registradas pelo IBAMA e a comercialização da carne também é inspecionada por técnicos do Ministério da Agricultura, dentro da unidade frigorífica. "O trabalho da cooperativa é fantástico, pois além de lidar com uma atividade extremamente sustentável, com respeito e zelo ambiental, gera dezenas e empregos e mostra uma atividade única que é desenvolvida com muito profissionalismo em Mato Grosso, divulgando de maneira exemplar nosso Pantanal", comentou Vanice Marques.

Os ovos são coletados depois de um levantamento populacional realizado pelo Ibama, que determina o percentual a ser colhido. O trabalho de coleta é realizado por funcionários das fazendas cooperadas e envolvem, em média, de 40 a 60 pessoas. De acordo com o gerente da área comercial e marketing da Coocrijapan, Weber Girardi, a demanda gerada pelo mercado tem crescido a cada ano, tanto na comercialização de carne quanto de pele. "Comercializamos os produtos tanto no mercado nacional, quanto internacional, com exportação de peles para os Estados Unidos, Itália e França, por exemplo, e as carnes são vendidas para restaurantes de Cuiabá, São Paulo e outros estados", informou Weber, acrescentando que a pele é processada em dois curtumes de Minas Gerais e São Paulo.

Todo o trabalho da cooperativa emprega 35 pessoas diretamente e com o crescimento da demanda, a cooperativa criou uma marca própria para desenvolvimento dos produtos a partir da pele. A 'Casa do Jacaré' comercializa produtos como bolsas, carteiras femininas e masculinas, colares e presilhas, botas e sandálias. Os produtos são vendidos na loja da cooperativa e em outros pontos do País.

http://www.sema.mt.gov.br/noticia/mostraNoticia.aspx?cod=2559

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