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CONVERSA AFIADA

Brasil Norte-Boa Vista-RR
03 de Dez de 2002

Arrozal
Os principais plantadores de arroz de Roraima expuseram na praça do Centro Cívico sua indignação ante a complicada e indefinida questão indígena.
A possibilidade de que a área de Raposa seja demarcada de forma contínua está deixando os produtores em pânico.
Não é por menos é lá onde se localizam os maiores e mais férteis campos para o cultivo dessa cultura que hoje representa a maior fatia da balança de exportação do Estado.

Desemprego
A manifestação dos arrozeiros preocupa por várias razões. A principal, no entanto, diz respeito à ameaça do desemprego.
A cultura do arroz gera postos de trabalho nas formas direta e indireta.
Além do papel importante que Roraima assume na economia regional onde se tornou alto-suficiente na produção desse cereal.

Em Brasília
A ameaça vem de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou o pedido do Mandado de Segurança impetrado pelo Governo do Estado de Roraima, solicitando a analução da Portaria 820/98 do Ministério da Justiça.
Esta Portaria declara como posse permanente dos índios: macuxi, wapichana, ingaricó, taurepang e patamona, a área conhecida como Raposa/Serra do Sol, com extensão de 1,6 milhão de hectares.

Na briga
Roraima está na disputa pela ocupação da Funai em Brasília.
O índio Euclides Macuxi, da região da Raposa, é candidato ao posto e tem o apoio de muito cacique graúdo.
O CIMI é encontra a nomeação de um índio. Prefere um técnico (antropólogo ou sociólogo). Mas a igreja não quer se indispor com nenhuma liderança indígena.

ONG na bergamota
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que examina denúncias de irregularidades em organizações não-governamentais (ONGs) na Amazônia, sob a presidência do senador Mozarildo Cavalcanti, deve ouvir hoje a exposição do presidente da Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (Abong), Sérgio Haddad.
Na mesma reunião, deve tomar o depoimento do representante, no Brasil, da ONG canadense Focus on Sabbatical, José Antonio dos Santos.
A CPI quer saber de Sérgio Haddad se ele tem conhecimento de denúncias contra entidades associadas à Abong, qual o desempenho dessas ONGs, que trabalho realizam e se preenchem todos os requisitos legais para funcionar.
Segundo Mozarildo com o depoimento de José Antonio, a comissão pretende obter maiores esclarecimentos sobre denúncia veiculada pelos meios de comunicação de que o produtor rural canadense Kenneth Goudy, fundador da ONG Focus on Sabbatical, teria proposto pagar aos produtores brasileiros para que parassem de plantar soja, com o objetivo de aumentar o preço do produto em decorrência de sua escassez no mercado.

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