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Consultoria para novo modelo de gestão da saúde indígena

Funasa
14 de Abr de 2008

Começou, hoje (15), o trabalho para um novo modelo de ação na saúde indígena, após quatro anos de avaliações e esboços internos na Funasa para saber quais seriam os objetivos do projeto. Durante reunião de apresentação do consórcio vencedor da licitação - formado pelo Institute of Development Studies (IDS), Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e Associação Saúde Sem Limites (SSL) -, no auditório da Funasa, os gestores e colaboradores discutiram os primeiros passos da consultoria de definição e implantação das metas e dos modelos de atenção, organização, gestão, financiamento e de monitoramento e avaliação do subsistema de saúde indígena.

A parceria ainda envolve o Departamento de Saúde Indígena (Desai) e o projeto Vigisus II (acordo financeiro entre o Banco Mundial e o governo brasileiro). O diretor nacional do Projeto Vigisus II, Williames Pimentel de Oliveira, acredita tratar-se de uma oportunidade ímpar na prestação de serviços de atenção à saúde indígena no país. "Esse momento não pode ser perdido. Todos os usuários do sistema, gestores e profissionais de saúde podem participar de cada módulo do debate. Temos que buscar tempo para contribuir nesse novo modelo, que será um produto adequado e de acordo com nossa realidade. Esse trabalho é um marco", exalta.

Além disso, ele tem como meta a instalação do Projeto Vigisus III para implantar os resultados dessa consultoria, que tem o prazo de um ano para concluir o trabalho.

Já Flávio Pereira Nunes, coordenador-geral de atenção à saúde indígena, do Desai, revela sua expectativa sobre o resultado do trabalho: "Acredito em um diagnóstico propositivo e que não deixe de considerar a aplicabilidade durante seus estudos, ou seja, a necessidade de materialização das novas práticas de ações de saúde indígena".

Para o coordenador técnico internacional do IDS, Gerald Bloom, o conhecimento para o sucesso desse tipo de ação deve reunir profissionais de diferentes áreas. "Para termos soluções satisfatórias, não basta um conhecimento isolado de uma área, e sim de diversos segmentos, como antropólogos, médicos, gestores e etc. Minha experiência recente mostra que as soluções que vingam não são as pensadas no início, mas sim no final do processo. As soluções prontas não são as melhores. Acreditamos nas inovações locais", ressalta.

Durante a oficina inaugural de hoje, foi apresentada a proposta metodológica da consultoria, discutido o Termo de Referência do Diagnóstico Situacional do Subsistema de Saúde Indígena e debatido a proposta de programa de oficinas de trabalho.

A mesa de abertura do evento ainda foi composta pela coordenadora técnica nacional do Cebrap, Vera Schattan, e o coordenador executivo da Associação Saúde Sem Limites (SSL), Itagiba Campos.

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