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15 de Jan de 2015
As relações culturais entre o Consulado dos Países Baixos e os povos indígenas do Amazonas ficaram mais próximas nesta quinta-feira (dia 15), após a visita do cônsul, Peter Jan Tilanus, e do embaixador Johannes Petters (ambos holandeses), à comunidade sateré Sahu-Apé. A recepção foi calorosa, com direito a ritual da Tucandeira, dança do sahuzinho (tatu pequeno) e chegada à casa de cura do local, situado no quilômetro 37 da rodovia Manuel Urbano, que liga a capital amazonense a Manacapuru (a 84 quilômetros de Manaus).
O encontro durou aproximadamente 50 minutos e foi viabilizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind). "Falamos com eles sobre as políticas públicas que desenvolvemos em benefício dos 64 povos indígenas no Estado, e aqui, em Sahu, eles tiveram a oportunidade de conhecer um pouco da cultura sateré-mawé", resumiu o secretário adjunto da Seind, Amarildo Maciel Munduruku.
A cacique de Sahu-Apé, dona Baku, aproveitou a presença dos dois diplomatas na aldeia, para entregar uma carta com a assinatura dos moradores da comunidade. O pedido é para que intercedam por melhorias na saúde indígena junto ao Governo Federal, em Brasília.
Os sateré pretendem entrar com uma ação civil pública, nesta sexta-feira (dia 16), para ter de volta o serviço que foi interrompido há um mês pelo Governo Federal no Polo Base de Saúde da Vila do Ariaú. Atualmente, nove comunidades vivem entre os municípios de Iranduba e Manacapuru, integrantes dos povos Tikuna, Apurinã, Kambeba e Sateré-Mawé, entre os quais 16 famílias de Sahu-Apé.
Primeira vez - Há apenas quatro meses no Brasil, esta foi a primeira passagem de Peter Jan por uma aldeia indígena. Ele fica no Brasil pelos próximos quatro anos.
"A cultura holandesa tem esse caráter: de saber mais sobre determinado povo, conhecer seus aspectos para poder apoiar, ajudar e interagir com essas pessoas", disse o cônsul.
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