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Consórcio de Estreito diz que dialoga com os índios

Agência Estado
Autor: Milton F.da Rocha Filho
16 de Abr de 2007

O Consórcio de Empresas (formado pelas empresas Vale do Rio Doce, Tractebel, Camargo Corrêa e Alcoa) que constrói a usina hidrelétrica de Estreito, na divisa do Tocantins com o Maranhão, que terá 1.087 megavates de potência, informou hoje que as águas do seu futuro reservatório não vão atingir as aldeias indígenas e que está negociando alguns pontos com os índios. Hoje cerca de 500 pessoas, segundo informe do Consórcio, tentaram ocupar o canteiro de obras da Usina.

Diz ainda a nota do Consórcio que a manifestação, que contou com a participação de movimentos sociais e alguns indígenas, fechou a passagem pela Ponte Juscelino Kubitschek, entre Estreito/MA e Aguiarnópolis/TO e interditou o tráfego pela BR-010 (Belém Brasília). Segundo o Consórcio, os manifestantes são de municípios situados fora da área de abrangência do empreendimento, portanto não se trata de um protesto das comunidades que serão beneficiadas com a instalação da UHE Estreito.

O consórcio responsável pela construção da hidrelétrica explicou que está em contato constante com a população indígena. Nos dias 10 e 11 de abril, foram realizadas reuniões com os indígenas das etnias Kraô, Apinajé, Krikati e Governador para apresentação dos resultados dos estudos etnoecológicos realizados nas terras indígenas. O documento, elaborado pelo Centro de Trabalho Indigenista (CTI), indicado pelas comunidades indígenas, ratifica que o eixo e o reservatório da hidrelétrica estão distantes das aldeias. Com isso, a implantação do projeto não resultará em supressão de terra indígena nem alteração da vazão dos rios que cortam as propriedades indígenas;

Na mesma reunião, ficou acertado novo encontro, marcado para o próximo dia 24 de abril, em Brasília, para tratar das solicitações dos índios não relacionadas à instalação do empreendimento na região. A reunião terá a participação de diversas entidades do governo federal, como Funai, Ibama e Casa Civil.

A Usina Hidrelétrica Estreito é um dos maiores empreendimentos de geração de energia em curso no País, está incluída no Programa de Aceleração do Crescimento(PAC) do governo federal, e teve sua licença ambiental de instalação emitida pelo Ibama em Dezembro de 2006.

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