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10 de Jul de 2013
O Conselho Municipal de Turismo de Chapada do Guimarães, a 65 km de Cuiabá, se desfez por falta de apoio governamental aos projetos da área. Quatro membros deixaram os cargos essa semana. Sem o conselho, os eventos turísticos ficam ameaçados, como explicou a agente de turismo e ex-presidente do conselho, Rosilei Aparecida da Silva. "O município fica desestruturado na área do turismo, porque o conselho, na verdade, é a base de tudo. Tudo na entidade funciona a base de projetos, liberação de atrativos", ressaltou.
A Prefeitura Municipal declarou que não tem como ajudar, pois a o orçamento da Secretaria de Turismo, Cultura e Meio Ambiente é de R$ 100 mil por ano. Nessa situação até mesmo o Festival de Inverno está ameaçado, como afirmou a secretária municipal de Turismo, Sonia Bezerra. "Ele chega a estar ameaçado, mas nós dependemos também do governo do estado, porque o orçamento vem de lá".
Enquanto isso, muitos comerciantes reclamam da diminuição do número de turistas na cidade. Seu Odenir Martins, dono de uma pousada na cidade, já prevê prejuízos. "Quando há festival, quando há festas e outros, cobramos além do valor, em torno de 30% a 50% acima. E sem o festival, sem outras festas na cidade, como vamos fazer?", indagou.
Pontos turísticos
Outra dificuldade enfrentada pelo setor é o fechamento da visitação a alguns atrativos naturais. De acordo com o Instituto Chico Mendes, que administra o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, as medidas visam a preservação do meio ambiente e segurança dos turistas. A interdição mais recente foi o acesso à região do Rio Claro. A medida foi tomada após uma ação criminosa no local.
Onze casas foram destruídas, algumas com móveis dentro. Os imóveis foram construídos por pessoas que compraram ou ganharam lotes de uma empresa, antiga dona da área. A administração do parque não emitiu ordem para a demolição e não sabe quem foram os responsáveis. Na Justiça, a ocupação dessa região é questionada pelo governo federal, por pertencer ao Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. Antes o local era aberto a turistas para fazerem trilhas e flutuação com acompanhamento de guias.
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo informou que há previsão de investimento em atividades turísticas em Chapada dos Guimarães. E que também irá revitalizar o Complexo da Salgadeira, que hoje está fechada por problemas ambientais no local, como os quiosques irregulares. A verba prevista é de R$ 6 milhões para o local.
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